quarta-feira, maio 31, 2006

Tirem os cachorros ou animais correlatos da sala



Física não é uma coisa linda?

terça-feira, maio 30, 2006

Só pode ser piada


Resposta da música

Chama-se "Enquanto Engomo a Calça", de Ednardo.

Eu conhecia há séculos, mas não sabia o nome... Aqui um link pra a mp3.

Não se espante com o título, a música é realmente bonita.

A esperança realmente é multicolor



Impressionante, não?

segunda-feira, maio 29, 2006

Fragmento

Porque cantar parece com não morrer
É igual a não se esquecer
Que a vida é que tem razão
Não sei vocês, mas eu acho esse trecho espetacular. Alguém aí é capaz de adivinhar o autor sem usar o google?

domingo, maio 28, 2006

Inutilidades

Clique -> aqui <- e tenha seu próprio livro de Dan Brown :D

Clique -> aqui <- e aprenda a dançar como Napoleon Dynamite! (não me responsabilizo!)

Arqueologia popular para jovens

Enquanto tu partes - Quando me deixas, que encontro o sentido da minha solidão. Na sua partida contemplo minhas cadeias, refletidas na sua vinda. A liberdade da sua chegada me ensina, me ilumina, me comove. Ser só é, antes de tudo, que um estado fixo de incompletude. Estar só é, antes de mais nada, uma ânsia pelo futuro, pelo bálsamo de se estar acompanhado. Correndo ao infinito, ficar só também pode ser distanciar-se de tudo, buscando em meio ao nada, encontrar a razão, e a paz de se estar só. Mas no nada nem tudo se encontra, uma parte importante está distante. Uma parte do tamanho de tudo. Ser humano nenhum tem este dom, ou maldição, de ser feliz só. Alguns se aninham com Deus e a natureza, mas sós não, nenhum subsiste.

Destarte que nem tudo está perdido. Pois se parece negro o fato de ninguém vive só, alva é a realidade de que todos buscam alguém para cumprir seu traçado de amor e amizade. E assim todos prosseguem, achando no tudo uma resposta para o seu nada pessoal. Se vais, levas um pedaço de mim e me condenas a mim mesmo.Se voltas, me confundes do mundo, e retorno ao delírio ritmado da vida. Enquanto tu partes, revelo-me só, e me resumo à razão apática dos dias."

Desenterrado, mas surpreendentemente ainda faz todo o sentido do mundo. Precious things...


sábado, maio 27, 2006

Dinamarca vs. Mundo Árabe

Voltando ao que tinha falado antes, da polêmica do conflito entre expressão e religião. Vou dizer a minha visão dos fatos e minha opinião, tentando ser o mais sucinto possível.

Um escritor dinamarquês queria escrever um livro sobre maomé para crianças e não achou ninguém pra ilustrar seu trabalho. Todos os artistas disseram que tinham medo de alguma reprimenda por parte da comunidade islâmica. Ao ficar sabendo desse transtorno, o editor do jornal dinamarquês Jyllands-Posten fez um teste, contactou 40 artistas famosos na dinamarca, e pediu pra que desenhassem sua visão pessoal de maomé para o jornal. Desses, somente 15 aceitaram, e 12 entregaram de fato. São as doze charges que foram publicadas. Elas podem ser conferidas aqui.

Após a publicação, alguns leitores emitiram protestos pelo conteúdo das charges. Uma passeata pacífica foi realizada em frente ao Jyllands, e até aí tudo tranquilo.

O caldo começou a entornar quando a Islamik Trössamfund, a associação islâmica da Dinamarca, resolveu se pronunciar a respeito, na figura de seu líder, o palestino Ahmad Abu Laban. O Tössamfund declarou que era um ultraje, convocou todos os islâmicos residentes na Dinamarca ao protesto, e afirmou que essas charges na verdade eram um sintoma de um profundo preconceito existente na população dinamarquesa. Não satisfeito, Ahmad iniciou um tour por todos países islâmicos no oriente médio/norte da áfrica, onde circulou um dossiê contendo sua investigação pessoal da situação, inclusive com as quinze charges. A consternação geral disseminou-se como um uma epidemia, e logo se queimavam bandeiras dinamarquesas e foram realizados ataques a embaixadas daquele país.

O curioso é que, se você tiver prestado atenção nos detalhes, eram só 12 cartuns, não 15. Ahmad enfiou três cartuns, esses sim, altamente racistas, em meio aos que não foram publicados. Esse mesmo cidadão é persona non grata tanto nos Emirados Árabes quanto no Egito.

Aqui param os fatos, e começam as opiniões.

Pra mim fica claro que o mal-estar causado pela situação é totalmente artificial e sem razão de ser. Eu acho que certo estava quem protestou lá na frente do Jyllands, estava em seu direito assim como o jornal estava. Mas daí a passar pra violência é um grande retrocesso, é abandonar o diálogo pela selvageria. E a postura da dinamarca, que em todo tempo disse que o direito de se expressar é garantido ao jornal, contanto que não fira nenhuma lei, é mais que correta.

A liberdade de expressão só pode ser restrita nos casos mais vitais, e com certeza, esse não era um deles. Dezenas de religiões são achincalhadas todos os dias. Quem nunca tirou onda de Tom Cruise pela cientologia que atire a primeira pedra.

Mas não é por isso que vocês veem Mr. Cruise chutando uma imagem de santa ou explodindo uma relíquia ancestral de uma religião.

Tolerância é um valor necessário, ou não temos como manter a democracia...

Título criativo












- "inham, que delícia!"

Encontrei esbarrando por aí esse site super bacana de pop-art, que não sei se vcs sabem, eu adoro. Falando nisso, se quiserem me dar um dia de presente aquele quadro de Andy warhol da sopa de tomates, eu tou aceitando. Se não, a camisa da capanha do Darth já tá de bom tamanho até lá - tamanho G, não esqueçam.

A galeria está disponível no site Diamantopoulos, que eu não faço idéia do que signifique.

Enfim, é massa.

Soundtrack channel

Assim como Jeff Buckley e sua "Hallelujah", eu acho que Jack Johnson poderia ter feito só essa música, e já estar quites com sua função na terra.

Cocoon

based on your smile
i'm betting all of this might be over soon
but you're bound to win
because if i'm betting against you, i think i'd rather lose

but this is all that i have, so please
take whats left of this heart, and use
please use only what you really need
you know i only have so little, so please
mend your broken heart and leave

i know its not your style
and i can tell by the way that you move its real real soon
but i'm on your side
and i don't want to be your regret, i'd rather be your cocoon

but this is all that you have, so please
let me take whats left of your heart, and i will use
i swear i'll use only what i need
i know you only have so little, so please
let me mend my broken heart

you said this was all you have
and its all i need
but blah blah blah
because it fell apart
i guess its all you knew
and all i had
but now we have
only confused hearts
i guess all we have
is really all we need

so please
lets take these broken hearts, and use
lets use only what we really need
you know we only have so little, so please
take these broken hearts and leave

Filhos do Átomo



Assisti hoje X-Men III, The Last Stand. Muito bacana pra quem gostou dos outros, eu realmente recomendo.

Me deixou pensando em algo meio Hotel Ruanda (excelente filme na mensagem, talvez nem tanto na execução, mas e daí, a mensagem é forte pelos dois), quando o jornalista fala que a despeito do que o esperançoso Paul Rusesabagina sonhe, as pessoas que vêem notícias de massacres pela tevê vão achar aquilo tudo muito triste e trágico, mas não farão nada pra impedír a desgraça, vão continuar seu jantar e se preocupar com suas vidas. E agora? Você vai voltar ao seu jantar e ignorar o racismo e as minorias, como se isso não acontecesse e esse fosse só um filme pra vender bonecos. Ninguém vai te culpar por isso, pode ter certeza.

Eu sei que sou suspeito, eu fiquei com meus olhos marejados em algumas cenas do filme que não vou revelar pra não estragar a surpresa, sou realmente um Nerd convicto, mas mesmo assim. Ouvir um personagem judeu falando de supremacia racial me lembra de como não estudamos a história, e portanto nos fadamos a repetí-la.

Só quero saber de qual lado do campo eu vou estar...

Papo dez


"...bem, aí o Jollands-Posten publicou a reportagem, e pá, beleza, mas tu acredita que os árabe foram reclamar pro presidente, ministro, sei lá, e o cara disse que não podia fazer nada? Cara, ele disse 'se ferrou, cumpádi, ele tava no direito dele!', pense na firmeza! Mas você ainda não sabe a melhor parte..."


Então,

Mary fez um comentário deveras pertinente: Ela disse que minhas perguntas geralmente não tem muita resposta, ao menos pra ela.

Poisé, pra mim também não. Susi me perguntou, no mesmo dia em que postei aquilo, qual era minha opinião sobre tudo que falei. Eu respondi sinceramente que não sabia, só ia tentar saber de algo dia seguinte, ainda não havia parado pra pensar, ia inclusive levar em consideração os argumentos comentados por acá.

Mas o engraçado é que a pergunta era bem mais limitada que foram as respostas. Era mais falando de liberdade de religião e de expressão do que liberdade como uma bandeira solitária.

Nesse ponto da religião e expressão, eu tenho a convicção que colhemos o que plantamos, em todos os sentidos. Os direitos humanos, seja o direito de ir e vir, o direito de vida, direito de liberdade religiosa, que seja, são todos importantes. E aumentam de número gradualmente. Um italiano bacaninha chamado Norberto Bobbio já diria que eles surgiram em "ondas", em gerações. Primeiro as liberdades civis, depois as sociais, e por aí vai.

Mas e quando eles se chocam de frente, como resolvemos? É aquela velha história: um aidético precisa tomar um remédio que custa Mil dinheiros, enquanto com essa quantia daria pra alimentar dez pessoas com 100 dinheiros por mês. E agora, José, o tempo acabou? A vida de quem vale mais?

De fato, Mary, eu não tenho resposta pra minhas próprias perguntas. Eu tenho minha ética, mas confirmo que ela é de fato bem flexível, e prefiro um approach mais casuístico. Cada caso é um caso. Mas acho importante ao menos analisar possibilidades, fazer brainstorm, jogar búzios, olhar seu eu interior, meditar com chakras, ou até discutir em mesa de bar.

Um papo dez aqui ou ali é sempre bom pra ampliar nossos horizontes, não?

Ah, depois eu falo sobre a questão dos cartuns em si, hoje não ;P

quarta-feira, maio 24, 2006

Democracy Idol


Taylor Hicks, the mop-topped manic dancer who wooed TV audiences with his raw singing style and boisterous personality, was named the new "American Idol" Wednesday in a pop star-filled finale that included Prince and Mary J. Blige.

More than 63 million votes were cast, "more than any president in the history of our country has received," Seacrest said.
Direto do New York Times. Me pergunto se uma democracia assim é boa ou ruim. Mas que é impressionante, é.

Pausa pos comerciais II



Aceito presentes, meu tamanho é G.

À venda no Mercado Livre.


Liberdade de expressão = imperialismo cultural?



Pessoas, o que vocês acham da questão? Opinem, eu opino amanhã, hoje tou com sono (ou vou jogar FIFA 2006 pra treinar e dar uma surra em Vavá, vocês jamais saberão).

Quais são os limites da liberdade de expressão?
Quais são os limites da liberdade de religião?
Quais são os limites da liberdade de ação?

Ter liberdade é ter limites?

terça-feira, maio 23, 2006

Usem o Firefox

Por algum motivo, o template se recusa a cooperar comigo, ao menos pra visualização no internet explorer. Como tou sem saco pra consertar tudo agora, tenho uma sugestão pra você que não tá vendo a sidebar direitinho onde deveria estar, ao lado.


Upgrade to Firefox 1.5!


Confessionários Modernos

Eu havia tropeçado nesse site há algum tempo, não sei nem como. Hoje passei algumas horas da madrugada - após esperar pacientemente que minha mãe e minha prima fizessem seus afazeres cibernéticos - dando uma mudança no visual do Blog, eminentemente instalando bobagens bonitas e novas coisas pra eu me viciar. De novo, num capricho casuístico, me deparei com a mesma página simples, mas pra mim profundamente emocionante.
Que fique bem claro que não sou do tipo de pessoa sensível, e pra me deixar ligeiramente emocionado já é bem difícil. Mas esse blog me surpreende sempre.
Criado pelo americano Frank Warren em janeiro de 2005, o blog PostSecret é na verdade uma comunidade virtual de arte. Qualquer pessoa é convidada a participar, enviando um cartão-postal de sua autoria, anônimo, revelando algum segredo. E isso pode ser pungente de uma forma inesquecível. Estava comentando inda agorinha com uma amiga, que não sei o que dói mais. Saber que certas coisas existem, ou saber que elas devem ser um segredo pra a maioria. Já tava aqui resmungando por não ter nenhuma espécie de arquivo no site, mas dei um jeito de burlar essa limitação, é só ir ao google e pesquisar na seção de imagens pelo PostSecret. Coloquei o endereço do blog aí nos links, pra quem tiver interesse.

De qualquer forma, sinceramente me faltam palavras. Mas sobram palavras, mensagens, segredos e desejos, como o seguinte:

na frente escrito "she never gave me a chance", no verso: "but i'm still crazy about her".

E já dizia Terêncio: sou humano, e nada do que é humano me é estranho...


segunda-feira, maio 22, 2006

Pra um bom entendedor, isso basta.


Repare no finalzinho

Dia desses tivemos na cantina da UFRN uma discussão homérica sobre qual foi o melhor videogame ever. Acabo de me deparar com o-argumento-para-todos-governar.



Definitivamente, enough said.

Filosofia do cotidiano

Então, (Estou lentamente me viciando nesse pedaço gramatical de mau caminho)
Estava hoje procurando novidades sobre uma amiga em seu blog, e vi um comentário que achei deveras e assaz pertinente, sobre o conteúdo de seu blog ser uma espécie de filosofia do cotidiano. Me encantei pelo termo, e vou roubá-lo pra mim.
Talking about cotidiano, then.
Ultimamente tenho comentado isso com todo mundo, e talvez seja uma auto-crítica. Vocês não acham que de uns tempos pra cá todas as histórias são passes de mágica? Fogos de artifício? Fulaninho vive em uma situação xis, é submetido ao momento ípsilon, e quando menos se espera, revela-se na verdade que tudo que você pensou estava errado, e a saída do imbróglio é a situação zê.
Sinto falta de histórias onde João acorde seis da matina, tome seu café sonolento, pegue duas conduções pra ir pro trabalho, passe um dia modorrento de trabalho manual repetitivo, volte pra casa lá pelas quatro, pegue mais duas conduções, e chegue em casa na hora em que começa o Jornal Nacional. E THAT's IT. Sem reviravoltas ribombantes.
João não estava o tempo todo sonhando, ele não está em coma, seu café não estava envenenado, ele não foi secretamente conduzido por agentes do FBI, ele não trabalhava inconscientemente pra uma agência secreta de contra-espionagem, ele não voltou pra casa em um ônibus dirigido pelo seu pai amnésico que estava perdido há anos e nem está sofrendo lavagem cerebral da globo.
Eu sinto falta da vida contada, a vida como ela é.
Se não me falha a memória, C. S. Lewis tinha uma fórmula lógica sobre como se faz uma boa história. Ele dizia que elas eram feitas de pessoas comuns submetidas a situações incomuns, ou o inverso. Uma espécie de polos opostos que se atraem. E como na física, os polos idênticos simplesmente não funcionam juntos. Pessoas comuns em situações comuns dá em uma história desinteressante por falta de novidade, e pessoas incomuns em situações incomuns gera uma situação totalmente fora do seu mundo com o qual você não consegue buscar uma relação à sua vida, logo, se torna um nada perdido em lugar nenhum.
Eu acho que ultimamente tenho me perdido na situação de histórias de situações incomuns. Sinto falta do cotidiano, sinto falta das pessoas terem vontade de abstrair algo novo de dentro do usual, como um burilador que faz de uma pedra feia surgir uma gema de topázio ou esmeralda.

Acho que ao menos pra mim, a brincadeira de adivinhar o final do filme já perdeu a graça.

Talvez se a gente parasse de esperar um milagre, ou uma situação incomum ou adversa qualquer, fôssemos capazes de ver algo de incomum no que há de mais banal :P

Vivo dizendo a Marcelo que "ocasião perfeita" é uma sacanagem que o diabo inventou pra ceifar corações inocentes. A frase não é exatamente essa, e é uma verdade bem cliché.

Como se dizer "eu te amo" não fosse um clichê e ao mesmo tempo a frase mais difícil de ser dita corretamente. A linguagem é uma coisa muito louca mesmo. ^^

sábado, maio 20, 2006

Recomendações


Então,

Edição de Colecionador. Maior clássico de comédia adolescente. Extras: Reunindo a Turma, O Elenco, O Making of original, Histórias da Produção, Quem é Ferris Bueller?, O Mundo Segundo Ben Stein, O Clássico Curtindo a Vida, Álbum da Turma.

(Um pensamento que me ocorreu agora: você consegue imaginar alguém vestido assim hoje em dia "curtindo a vida adoidado"?)

Filme muito bom, anyway. Recomendação não tão boa, acho que todo mundo já assistiu, mas pelo menos da edição especial fica sabendo :P

Riverside não morreu!

Texto novo meu, após muito tempo. Nem é bom, pra ser sincero.

Mas tem um da Aninha que é uma maravilha, eu recomendo!

http://riverside.weblogger.com.br

com fé e paciência ele entra :)

sexta-feira, maio 19, 2006

vis a vis...

Então,

Neil Gaiman já palpitou que o mundo está sempre acabando pra alguém.

Você já se deu ao trabalho de parar pra pensar nisso?

Imagino que não, até porque eu não sei se você já leu essa frase anteriormente, e julgar os centésimos ou - sendo bem otimista - segundos que demoraram pra você passar da afirmação para o questionamento não é tempo o bastante nem pra você escolher se vai acordar ou continuar dormindo, quem dera algo como uma questão filosófica sobre as coisas inerentes da vida.

Do it now, then.

Mas adiando um pouco seu lacinante período de meditação, já comento: O mundo de alguém sempre está acabando. E provavelmente, alguém sempre estará acabando o mundo de alguém.

Até quando isso é bom, ruim, aceitável, desprezível, comendável, risível? Não sabemos dizer.

Perguntas densamente teóricas sempre esbarram nesse problema. Muitas idéias se acotovelando pra arranjar alguma aplicação. Qual é a necessidade, e portanto, utilidade, de se questionar sobre isso?

É o tipo de coisa que você sabe quando alguém acaba com seu mundo, ou talvez ainda mais, quando você resolve acabar com o mundo de alguém.

Ninguém precisa de mais realidade que isso.

Explicações

Sim, estive ausente por um tempo, mas já voltei.

Problemas na internet, acontece com frequência. A parte boa é que dei uma gorda adiantada em minhas leituras. Tenho uma habilidade da qual me orgulho, conseguir ler um calhamaço totalmente absorto incólume até a uma rave do PCC na avenida paulista. Resultado: já tou acabando até o Hiperdimensão que Carol me emprestou tem uns seis meses, do Michio Kaku. Não conhece, né? É, nem eu. Mas o livro é bom, e eu finalmente entendi a moléstia daquele filme, O Cubo :P

Física é uma ciência libertadora, definitivamente.

Li outro livro também muito bom, A Arte e Ciência de Roubar Galinha, de João Ubaldo Ribeiro. Roubei ele de Vavá, e quem quiser compartilhar de sua arte, só me dar ciência, e eu nem cobro uma galinha.

Teve outras coisas pontuais aqui e ali, mas nada tão relevante ao ponto de constar no mesmo texto em que está citado Hiperdimensão. Falando nisso, vocês não vão comentar isso com ela, quero que ela fique surpresa com uma cara de "você de fato leu isso? nem minha vó teria saco de ler isso, nem que fosse uma página por dia em uma reunião de grupo com as amigas com direito a bingo coletivo!" enquanto eu vou esbanjar meu sorriso "ah, tolinha, mal sabe você que eu já li tudo duas horas após vc ter me entregue, e acabei mês passado uma releitura pela terceira vez, fiz resumos, anotações e correções, estou inclusive enviando um artigo contestando as idéias principais desse japonês maluco e inconsequente" mascarando a realidade que eu terei acabado de ler alguns minutos antes.

Mas o livro é muito bom mesmo, sério!

Pra não dizer que não falei das megacorporações

Você acha que a Google já conseguiu tudo o que tinha de conseguir? Você acha que os óculos do Donald Rumsfeld são uma jogada de marketing do patrocinador? Você acha que estamos em torno do ano 2006 por simples conveniência gráfico-publicitária pra a Google misturar os Os com os zeros?

Você ainda não viu tudo.

www.joga.com

Enough said.

Welcome back, starman


terça-feira, maio 16, 2006

Intermezzo

Então.

Ainda estou sem internet, e tem sido dias difíceis para todos. Na mesma semana encaramos crise diplomática no norte, atentados terroristas no sudeste.

E não bastando isso ainda temos nossas vidas. Não sei você, mas ando vivendo uma perene sensação que tudo está fora do lugar, que tem tudo soa eminentemente errado.

Mais que nunca, tá um clima no ar. Tenso ou não, o que fica é a certeza de que o momento não é o bastante, algo vai acontecer a seguir. Bom ou ruim, o futuro virá. A bendita astronave que tentamos pilotar :P

Diabos, que impressão chata é essa...

sexta-feira, maio 12, 2006

em obras

offline... for a while :P

(foi a microsoft que não queria que eu publicasse minha resenha do showcase da nintendo ;P)

terça-feira, maio 09, 2006

Pausa pros comerciais


Blogs Amigos

Você, fiel leitor, que acompanha esse blog desde que ele se entende por blog, poderia fazer a gentileza de me dar o endereço do seu blog, pra eu linkar aqui?

Sério, todo mundo.

Não tenho mais o endereço do blog de mais ninguém.

E até parece que eu não sei que só quem lê meu blog são meus amigos :P

Parabéns, Juca Kfouri!

O Blog do Juca Kfouri passou hoje dos 5 milhões de visitas.

Faço minha parte pra que passe das 6 milhões já já, é o melhor blog sobre futebol do Brasil.

O cara é tão foda que teve a audácia de dizer que colocaria Rivaldo na seleção. E olha que ele tá jogando um bolão, mas o povo já se cansou dele. Isso me lembra um certo dentuço na copa passada :P

O link já tá aí ao lado, mas reitero:

http://blogdojuca.blog.uol.com.br

Falando em assustador

http://www2.uol.com.br/todateen/edicao/materia_125_60.shl

Febre Emo - Saiba mais sobre esse estilo que vai além da música!


¬¬

que fizemos com nossas crianças...

E³ parte I - Sony: Jogos, jogos e mais jogos!

Noite de segunda-feira, começo de maio. Poucas horas antes, eu, Mochan e Fabiano estávamos discutindo onde veríamos o grande show. Em ano de copa do mundo, show do U2, não há nada mais normal. Mas nosso problema era justamente a particularidade do nosso programa. Não passaria na Globo. Nem na tv à cabo. Só ia passar direto do site Gamespot, e olhe lá! Então, na falta de consenso sobre um lugar com internet decente e um jeito de juntar todo mundo, cada um ficou em sua casa, e esperamos pacientemente o começo da primeira Conferência da E³ 2006.
Com um lag obsceno e quase uma hora de atraso, o show começou morno. Números, números e números. O japinha diz que a nova geração só começa quando o PS3 disser que começa. Eita, alfinetada no X360... Beleza, o Playstation é pau, blá blá blá, não esperava ouvir coisa diferente.

Parêntese: Sou Nintendista, então não se surpreendam com minha parcialidade.

Com mais de meia hora de apresentação, o negócio esquentou. Foram mostrados diversos trailers de jogos, entre os quais se destacaram Eight Days, Final Fantasy XIII e meu preferido, Metal Gear Solid 4. Sem dúvida, a melhor junção de roteiro político intrincado e ação brilhante dos últimos anos. Final Fantasy é meu xodó, e Eight Days pareceu simplesmente muito bacana, com uma ação bem variada, e gráficos interessantes. Fora esses, foram mostrados diversos outros jogos que não são muito do meu interesse, logo, não vou comentar aqui. Destaque porém pra uma mistura de Rei Leão e Simba Safári.

Uma coisa bem legal foi a utilização do Eye Toy - uma câmera que funciona como dispositivo de entrada do PS - em conjunto com um card-game. O sujeito colocava a carta no tabuleiro, às vistas da câmera do Eye Toy, que acionava na tela um monstro relativo àquela carta. Se vc mexia a carta no tabuleiro, o monstrinho ia junto na TV. Você podia fazer monstrinhos brigarem, e tudo mais. Ainda deu a deixa pro famoso patinho de borracha que aparece todo ano na conferência da Sony, sendo por sinal a figura mais carismática entre todos os apresentadores. Eu mal posso esperar por uma versão de Magic: The Gathering usando esse artifício engenhoso.


O novíssimo controle do PS3. Ooh, macacos me mordam!

Um dos fatos curiosos, é que entre os vários demos jogáveis - e de fato jogados, perdão pela redundância - o controle utilizado não era o divulgado, o famoso "bumerangue", mas uma versão prateada do tradicionalíssimo Dual Shock, herdado ainda do PS1. A razão dessa mudança, e do cancelamento do tão alardeado controle, é um mistério. Pode até ser que ele não venha a ser cancelado, só passou batido. Assim como passou batido outra jóia, a apresentação mais chocante na E³ 2005, o First Person Shooter Killzone. Apesar dos apresentadores reforçarem que o vídeo era de gráfico ingame - tempo real - tem nego até hoje dizendo que não passa de computação gráfica. Minha tese é que não passa disso mesmo, razão essa do fato de não ter sido mostrado nenhum vídeo de ação desse jogo, simplesmente não havia nada dessa qualidade pra se mostrar. Picaretagem da Sony, in my humble opinion, mas eu já disse que sou vendido ao inimigo, então dê um desconto. Inimigo esse, por sinal, que teve mais uma vez um ponto copiado descaradamente do seu controle. Primeiro o direcional analógico, depois o Rumble Pak, e agora o sensor de movimento. Tenha dó...

Enfim, muitos jogos espetaculares, poucos detalhes técnicos e datas! O PS3 chega às lojas em novembro desse mesmo ano, custando nos EUA a bagatela de $499 a versão com HD incluso de 20gb, e $599 a versão de 60 gb. E isso é o "very low price". Creepy...

Bom, nota da apresentação:

Mochan: 4,5 - Faltou Killzone!
Fabiano(Miu): 4,5 - Idem!
Eu: 4,0 - Faltou Killzone, e faltou vergonha na cara. Sem falar que faltou mais pato! Mesmo assim, uma grande apresentação de jogos!

segunda-feira, maio 08, 2006

E³: A feira mais legal do mundo.



Começa hoje na terra do tio Samuca a feira mais badalada da tecnologia do entretenimento interativo, a saber, os jogos! A Eletronic Entertainment Expo 2006! Pra quem não sabe do que se trata e provavelmente pensa que um Super Famicom e um Nintendo são a mesma coisa, assim como quem pensa que FFIII é estrelado por Terra Brandford e seus amigos, e mais milhares de exemplos onde posso esbanjar minhas horas de adolescência gastas na frente de uma TV e não praticando esportes saudáveis, a E³ é a vitrine da indústria dos jogos. Tudo de mais badalado sai primeiro lá, e as grandes empresas guardam as grandes surpresas do ano pra essa magnífica semana. Esse ano, assim como ano passado, as três grandes do mercado - Sony, Microsoft e Nintendo - farão suas apresentações na pre-conference, trazendo as novidades mais embasbacantes: tendências, tecnologias, surpresas... E vale a pena conferir todas, pois a rivalidade é grande e quem lucra com isso são os entusiastas, que costumam sair das apresentações babando. Em ordem: primeiro vem a Sony - que já se apresentou e comentarei a seguir - seguida pela Nintendo, e Microsoft. Fora isso, vou tentar trazer também o que tem de mais legal fora do mainstream, afinal, indie tem em todo buraco do mundo, né verdade?


Headliners pt. II

Entonces, de volta à programação;

Nacionalização/Crise na Bolívia: Ok, muita calma nessa hora.

Pra começo de conversa: Nacionalização não é conversa nova. François Miterrand durante sua presidência nacionalizou até a Rainha Mãe (até a mãe, até a rainha mãe! Inglaterra! sacou?) só que isso parece que passou desapercebido de nossas mentes intelectuais. Intervenção por parte do governo na economia não é, a despeito da pretensa surpresa de vários colunistas do oiapoque ao chuí, uma anátema. É um ponto de vista. Há quem acredite na necessidade de intervenção maciça do Estado na economia. Cáspita, eu não sou um deles, mas respeito quem é.

Parêntese: dia desses, qdo eu tava preparando minha roupa - cortesia de napô - pro TEMAS, um belo sobretudo soviético, minha vó perguntou se não tinha risco de eu virar comunista, ou coisa que valha. Disse que a gente não foi criado pra isso. Já comentei como adoro minha família reaça?

Pela PONTE QUE PARTIU (copyright Mary Vanucci) parem de tratar isso como se fosse o assassinato do Franz Ferdinand! Ou ao menos trate como deveria ser tratado, o sujeito foi tão irrelevante que só serviu pra dar nome a uma banda legal.

O que a Bolívia fez NÃO foi ato de guerra. NÃO humilhou nossa diplomacia. Diplomacia não é CIA, ao menos não a nossa. O trabalho deles não é ficar teorizando sobre o que vai dar na telha de cada maluco do ocidente. Até porque se fizessem isso, do jeito que só tem maluco no lado de cá, não iam ter tempo nem pra fazer festa em embaixada, o que ia jogar nossos acordos comerciais pro saco. Eles negociam, e existem pra segurar as pontas mesmo.

Na minha opinião de cabeça fria (imagine como era de cabeça quente. Vou dar uma dica: ofensiva armada e anexação pra milico nenhum reclamar de tédio) essa é, antes de mais nada, uma oportunidade. Daquelas que presidentes esperam governos inteiros pra que apareça umazinha. Tipo o Onze de Setembro de Bush. É o momento em que você mostra a que veio. Se sua diplomacia só serve pra contrabandear narcóticos e whisky através de maletas diplomáticas ou se de fato busca interesses nacionais.

Também serve pra mostrar que as relações internacionais existem e não podem ser ignoradas. A América Latina tá virando um cabaré já faz um tempinho, e você viu alguém da sociedade civil querendo discutir o assunto? Assim, amigo, muito fácil fazer qualquer bobagem ser engolida como máxima universal.

Bom, eu pago pra ver. Meu voto vai depender de como Lula vai desenrolar essa crise. Não, eu não sou ingênuo, não nisso. Então: você vai analisar a situação ou vai jogar logo bomba em alguém?

ps: Se fosse eu o presidente eu já tinha feito um ultimato e retirado a Petrobras inteira de lá à força. Mas eu não sou presidente, e o meu país não sou eu. Isso se chama democracia. :)

Pausa na programação:


Headliners (Parte I)

Ultimamente temos sido inundados por pré-julgamentos, idéias distorcidas e raciocínos fáceis. Quem sempre fez o discurso da mídia alienante deveria estar orgulhoso, pois ultimamente ela anda fazendo tão bem que seu trabalho nem os opositores andam percebendo.

Tá certo que no Brasil não sabemos direito o que é uma democracia, e que por conta disso estamos fadados a aprender na base da porrada. Mas é importante que se tenha uma consciência mínima do contexto e o nosso lugar na história, não só no mundo, mas do nosso continente.

Discutir sobre isso tudo requereria mais espaço e conhecimento do que eu tenho disponível pra colocar nesse blog. Mas apenas alguns pequenos comentários já vão saciar minha agonia temporariamente. If i may:

Greve de Fome: É uma forma extremamente nobre, ao meu ponto de vista, de se lutar por alguma coisa, sem o uso da violência. Não me entenda mal, eu NÃO simpatizo, na verdade eu ABOMINO a figura de Anthony Garotinho. Mas o que ele fez prova que ao menos ele está disposto a se flagelar pelo que acredita. Ou pela imagem que vai ficar na mídia, não sei. De qualquer forma, tem-se feito um escarcéu dos mil demônios, onde todo mundo só chama o cara de gordinho, e diz que ele precisa mesmo de uma dieta. Tá massa, é bom fazer chacota de cachorro morto, todo mundo sabe. Mas daí a dizer que "os políticos precisam passar fome" ou que é "uma bobagem dessa terra de bananas" a idéia da greve de fome é de uma estupidez imensa.

Recomendo a análise da situação da Irlanda, pode ir lá procurar no Wikipedia: "Ireland Hunger Strike". E veja como a força de vontade de algumas pessoas pode forçar governos a ceder. Também a leiturar de "Desobediência Civil" de Thoreau pra ver se aquele bando de revolucionário-vamos-pegar-em-armas-depois-do-show-do-rappa aprende que sangue não se derrama em vão.

E essa dos políticos passarem fome é um exemplo de como preferimos humilhar nossos representantes a simplesmente escolhermos melhor pessoas pra sua função ;)

ps. críticas a evangélicos por causa de garotinho é realmente coisa de quem não tem o que falar e quer passar de sabido.

Pra não dizer que não falei das flores

São Paulo 2 x 1 Palmeiras

São Paulo 3 x 1 Corínthians



Ah, sim. Flores.

domingo, maio 07, 2006

Poesia

de C. D. de A.

Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.

Ode à mãe Rússia

Nas estepes banhadas pelo Volga
Vive um povo de imortal astúcia
Terra de heróis, mares de vodka
Ninguém abandona a Mãe Rússia

Os pobres salafrários da Geórgia
E os vis terroristas do Kosovo
Não escapam de nossa custódia
Não ludibriam o nosso povo

Para o xadrez, use Garry Kasparov
Para a guerrilla, coquetel molotov
Contra a ressaca, caixa de engov
Contra a Chechênia, um bom Kalashnikov

Do Azerbaijão ao Uzbequistão,
Do Cazaquistão ao Tadjiquistão,
Do Turquemenistão ao Quirguistão
Somos todos viúvas do partidão

Somos potentes como um velho Lada
Robustos como os muros do Kremlin
Elegantes como a tundra nevada
E charmosos como a múmia de Lenin.

Na Sibéria você deve ter prudência,
Pela pátria, você deve ter amor
Yeltsin nos deu a independência
E Putin é nosso dit... Divino presidente democraticamente eleito!


Partidão anexando Kosovo e Geórgia em uma lapada só? Não tem preço...
abração a Fê, Ortega e Napô, que não vão ler isso, mas tudo bem :)

... and yet, chaos by itself doesn't explain the structure, the coherence, the self-organizing cohesiveness of complex systems.

Instead, all complex systems have somehow acquired the ability to bring order and chaos into a special kind of balance. This balance point --- often called the edge of chaos --- is where the components of a system never quite lock into place, and yet never quite dissolve into turbulence, either.

The edge of chaos is where life has enough stability to sustain itself and enough creativity to deserve the name of life.

The edge of chaos is the constantly shifting battle zone between stagnation and anarchy, the one place where a complex system can be spontaneous, adaptive, and alive.

sábado, maio 06, 2006

Procura-se micronacionalistas

Então,

Você se interessa em política? relações internacionais? economia? ciências sociais? democracia? jornalismo? futebol? RPG? religião? dinheiro? interesse?

Seus problemas acabaram!

Eu, Mariana Ricci, Pereira, Prince, entre outros, estamos fundando uma micronação, e precisamos de você!

Pessoal, o negócio é o seguinte: Uma micronação é uma nação virtual, que só funciona na internet, em que pessoas simulam a construção e o transcurso de um país normal. Só que na MN você pode ser tudo o que quiser, editor de jornal, presidente da república, até torneiro mecânico!

A gente brinca de fazer um país, ainda forma um grupo de pessoas interessantes pra debater os assuntos mais diversos. Tem coisa melhor?

E tem mais! Ligando agora você participará da comissão constitutiva, onde vamos decidir desde as cores da bandeira até a forma de governo.

E isso paga? NÃO! Veja só que maravilha.

E então, topas? Comente aqui seu apoio incondicional!

Publicidade é um ramo e tanto...


quinta-feira, maio 04, 2006

Máximas


Pseudos pseudos e pseudos...

Susi - sempre ela - veio comentar que eu não posso ficar falando de pseudo-intelectuais, nem pra malhar, porque é coisa de pseudo-intelectual.

Ela tem uma parcela de razão. Mas acho que preciso pensar um pouco sobre o que isso quer dizer.

O famigerado pseudo-intelectual é uma das muitas criaturas que habitam a fauna jovem atual, assim como os emos, os moderninhos, os cachaceiros, os indies, os cults, os pintas, e por aí vai. Essas denominações não são auto-excludentes. É comum encontrar jovens que se encaixam em vários estilos, especialmente se você for natalense, aí você tende a ser quase tudo. Ele (ou ela) se caracteriza por ter um conhecimento intelectual falso, portanto, pseudo. Aparenta ser o bam-bam-bam das quebradas, e não sabe de nada. O famoso leitor de orelha de livro, o rebelde por adesão.

Mas acima de tudo, o pseudo-intelectual sempre vê o mal no outro.

Nunca vi um pedreiro chamando um colega de intelectualóide. Você viu?

Não sei como chegamos a esse estado de fatos em que cultura e intelectualidade é um bem tão controverso. Ao mesmo tempo em que todo mundo diz que tem, todo mundo acha normal não ter, isso quando não joga pedra em quem tem.

Isso parece contraditório pra você? Pra mim também.

Faz pouco tempo tive uma discussão grande que poderia ser entitulada: "Garfinhos de Ervilha - Como a evolução da etiqueta alimentar simboliza uma cultura segmentada de estratificação social", em que alguns amigos e eu discutíamos sobre a importância da etiqueta. Aquela dos tantos tipos diferentes de colher e tantos tipos diferentes de garfos e facas. Deixo logo claro que minha opinião é de que essa etiqueta é tão importante quanto outra etiqueta que diz que macarrão se come com garfo e faca, nem mais nem menos.

O problema é que a solução mais fácil e rápida é dizer que o outro tá com frescura e que aquilo é desnecessário. Rápida e fácil demais.

Mas o que realmente me revolta é ver o padrão cultural adotado ser o da "revolução". Não leia Veja, leia Carta Capital! Não assista Globo, assista Sbt (não sei nem se tem alguém que diria isso)!

Daqui a pouco tentar estudar vai ser crime, tamanho o pacto com a mediocridade superficial...

Ah, claro, e tem a hipocrisia. Esse mal ao menos eu sei que não existe só nos outros, também existe em mim :P

Mas ficar sem malhar de pseudos é ruim demais, São Bukowski que me perdoe... :/

Ser nerd é mesmo muito bom...


Campanha: Devolva meus livros!

Atenção!

Se você possui alguma espécie de livro meu emprestado, por favor, passa pra cá! Ultimamente tenho visto minha prateleira cativa cada vez mais esvaziada e acometida de uma solidão perene. Então, por mais que eu incentive a diversidade de alcance dos meus livros, eu incentivo ainda mais que eu ainda tenho livro pra incentivar a diversidade dos meus livros pra outras pessoas.

Please? Pretty please?

Malditas Persianas (já que o Weblogger não quer colaborar)

Sim, Persianas.
por Wagner Artur

O que eu tava pensando mesmo? Tonto, muito tonto. Olhos abrindo, vejo cortinas. Cortinas verdes, em uma janela pequena. Se bem que parecem persianas. Persianas azuis. Isso mesmo. Verticais inclusive. Na janela. Isso, persianas verticais azuis na janela. Quem abriu as malditas persianas? A parede em que fica a janela é amarela. Curiosamente a janela fica mais ou menos no meio da parede na vertical, e ainda tem mais alguns metros de parede à direita, onde fica uma estante marrom sem graça cheia de livros sem graça de alguma pessoa igualmente sem graça. Provavelmente o mesmo cretino que abriu as persianas. Nas prateleiras se amontoam volumes dos mais diversos tamanhos e cores, tranqueiras empoeiradas e alguns porta-retratos que talvez me deem alguma pista de quem foi a maldita pessoa que abriu as malditas persianas, mas minha vista já não é tão boa assim e a distância é proibitiva. Na frente do armário - pensando bem, nem parece com estante - cor de vinho - branco, por sinal - tem um tapete ovalado meio azul meio laranja em um desenho muito maluco que não sei distinguir se trata do cebolinha e da mônica dançando tango ou de uma versão minimalista d'O Grito de Münch. Meio que contrasta com o cinza do armário e o branco da parede. Ainda assim, de péssimo gosto. Quem foi o cretino que arrumou isso tudo? Maldito bandidão das persianas. Que espécie de jogo nefasto é esse? Do lado direito do tapete tem uma parede, essa sim, igual à anterior - azul bebê - com uma porta bem no meio, como quem quer inutilizar propositalmente a maior parte da parede possível. É daquelas de madeira com entalhes circulares como uma plantação suspeita de pouso alienígena, colaborando com o jeito que o lugar todo tem de gritar nervosamente "os Anos 80 foram o ápice da estética visual!" de um jeito que só quarto frustrados gritam de manhãzinha cedo. Do lado da porta tem um monte de piso que se estende até minha cama - e acredito que embaixo dela também - que por sinal é uma cama de casal espaçosa, do lado de um criado mudo, que além de mudo é manco, que mesmo apoiado por um livro de paulo coelho - ganho, não comprado, que fique bem claro - não pode nem sonhar atingir um padrão de beleza mediano aos criados-mudos e que em seu mundo interior se pudesse estaria gritando alegria por não precisar passar pela humilhação de se reproduzir, até que nem o resto do quarto toleraria essa afronta ao bom-gosto. Culpa do maldito calhorda que abriu as persianas e me soltou no inferno. Olho pro teto e é timidamente branco. Aqui e ali tem umas manchinhas e umas infiltrações, mas nada que afete sua auto-estima como teto ao ponto de fazê-lo se achar um criado-mudo, que tá mais perto do chão que o tapete. Esse provavelmente lançaria moda. Tem alguém se mexendo do meu lado. Acotovelo e pergunto com autoridade e voz de oficial rodoviário bêbado:
- Quem abriu as malditas persianas?
- Que persianas? Isso são cortinas...
- Ah...
Droga de cortinas, vou voltar a dormir. Porque diabos não comprei persianas?

Ajude a vencer o Gmail!

Pessoas, minha irmã tá estudando em Sampa, fazendo pós, e olha o dever de casa que ela recebeu:

Ok. Estou fazendo um teste pra ver se consigo lotar um email do gmail em 15 dias. Portanto, ajude lotando esse email lotando@gmail.com
e repassando pra todos seus amigos fazerem o mesmo. Mande qualquer coisa. Uma foto, um sim, um nao, uma piada, um manifesto de repudio. Qualquer coisa.

Valeu!



Poisé. Morra de inveja junto comigo, e dê aí uma forcinha pra ela tirar nota boa! :þ

Enough said.

; )


Sagas Infinitas




Primeiro post e plá.

Como de primeiros passos esse sujeito já está cheio, então vamos direto ao segundo, vamos logo ao que interessa.

Já possuo um blog, chamado Riverside. (http://riverside.weblogger.com.br)

A diferença básica entre os dois é que esse aqui não se propõe a ser sério ou público, mas extremamente pessoal e opinativo. O outro é uma utopia que ainda mantenho por prazer, esse aqui espero que se torne uma compulsão visceral.

Gosto muito de escrever, sabe?

Esses dias tenho escrito pouco. Ia dizer "muito pouco", mas seria redundante, e dizer só "pouco" até ilustra o pouco que eu escrevo atualmente. Tanto em quantidade quanto em qualidade. Esses dias a fronteira entre a realidade e a identidade tem se tornado mais desgostosa, talvez por se tornar mais fina. Nunca precisei depender do mundo pra me afirmar como pessoa, mas atualmente o mundo anda cobrando respostas demais, e isso nem sempre é fácil de se digerir.

Limites são uma coisa interessante. É aquela história de eu-começo-onde-você-termina e tals. A vida convencionada pela maioria começa quando eu saio de minha reclusão psicológica e ponho o primeiro pé no gramado da esfera de ação dos outros. Me submeto a qualquer espécie de contato com alguém. Como se eu trouxesse alguém pra ouvir minha árvore cair no lago. Há uma testemunha, então uma prova que aquilo existiu.

Sem ninguém, somos só nós, sem prestar contas, sem ter o de esconder. Ou até quem proteger. Vamos lá, dar um voto de confiança a nossa natureza tão mal-falada.

Essa situação realmente me entretém em pensamentos. Quem sou eu, se sou alguém.

Difícil ver solução pra o raciocínio de alguém que ainda não passou da fase mais elementar das descobertas pessoais. Não me questiono se é melhor trabalhar como Promotor ou Advogado, ainda tou tentando descobrir se existo. Se isso tudo existe.

Bem, por hora eu digo que esse blog existe. Chama-se assim em referência a um texto meu que escrevi recentemente no Riverside. Eu achei que seria meio pedante citar a mim mesmo, mas defenestre-se quem discordar, eu achei o texto legal de qualquer jeito. E é melhor que citar Rimbaud, Stendhal ou Kerouac. Melhor que citar medalhões cult que não li é citar um autor que não é cult, só é medalhão pra uma ou duas pessoas bem especiais, e que eu não só li, como entendi.

Não peço desculpas por ter me alongado, tenho esse problema. Afinal, como diria Flaubert, não tenho tempo pra escrever menos.

Tá vendo como pseudo-intelectual é um bicho nojento?

Abraços autoritários totalitários reacionários e opressivos, e até mais ; )