quinta-feira, maio 04, 2006

Sagas Infinitas




Primeiro post e plá.

Como de primeiros passos esse sujeito já está cheio, então vamos direto ao segundo, vamos logo ao que interessa.

Já possuo um blog, chamado Riverside. (http://riverside.weblogger.com.br)

A diferença básica entre os dois é que esse aqui não se propõe a ser sério ou público, mas extremamente pessoal e opinativo. O outro é uma utopia que ainda mantenho por prazer, esse aqui espero que se torne uma compulsão visceral.

Gosto muito de escrever, sabe?

Esses dias tenho escrito pouco. Ia dizer "muito pouco", mas seria redundante, e dizer só "pouco" até ilustra o pouco que eu escrevo atualmente. Tanto em quantidade quanto em qualidade. Esses dias a fronteira entre a realidade e a identidade tem se tornado mais desgostosa, talvez por se tornar mais fina. Nunca precisei depender do mundo pra me afirmar como pessoa, mas atualmente o mundo anda cobrando respostas demais, e isso nem sempre é fácil de se digerir.

Limites são uma coisa interessante. É aquela história de eu-começo-onde-você-termina e tals. A vida convencionada pela maioria começa quando eu saio de minha reclusão psicológica e ponho o primeiro pé no gramado da esfera de ação dos outros. Me submeto a qualquer espécie de contato com alguém. Como se eu trouxesse alguém pra ouvir minha árvore cair no lago. Há uma testemunha, então uma prova que aquilo existiu.

Sem ninguém, somos só nós, sem prestar contas, sem ter o de esconder. Ou até quem proteger. Vamos lá, dar um voto de confiança a nossa natureza tão mal-falada.

Essa situação realmente me entretém em pensamentos. Quem sou eu, se sou alguém.

Difícil ver solução pra o raciocínio de alguém que ainda não passou da fase mais elementar das descobertas pessoais. Não me questiono se é melhor trabalhar como Promotor ou Advogado, ainda tou tentando descobrir se existo. Se isso tudo existe.

Bem, por hora eu digo que esse blog existe. Chama-se assim em referência a um texto meu que escrevi recentemente no Riverside. Eu achei que seria meio pedante citar a mim mesmo, mas defenestre-se quem discordar, eu achei o texto legal de qualquer jeito. E é melhor que citar Rimbaud, Stendhal ou Kerouac. Melhor que citar medalhões cult que não li é citar um autor que não é cult, só é medalhão pra uma ou duas pessoas bem especiais, e que eu não só li, como entendi.

Não peço desculpas por ter me alongado, tenho esse problema. Afinal, como diria Flaubert, não tenho tempo pra escrever menos.

Tá vendo como pseudo-intelectual é um bicho nojento?

Abraços autoritários totalitários reacionários e opressivos, e até mais ; )