quinta-feira, maio 31, 2007

Clipping 007

A Embraer na encruzilhada
A empresa deve registrar em 2007 o melhor ano de sua história. Mas os dias de crescimento supersônico podem estar no fim

A Embraer, terceira maior fabricante de aviões do mundo, vive um momento paradoxal. Neste ano, a empresa atingirá aquele que deve ser o melhor resultado de sua história de 37 anos. Se tudo correr de acordo com as previsões, a Embraer entregará até dezembro pelo menos 160 aviões comerciais, crescimento de 60% sobre as vendas de 2006. De acordo com os cálculos dos analistas, seu faturamento vai ultrapassar os 5 bilhões de dólares. Os números são o ápice de uma trajetória de crescimento fulminante. Desde 1998, as vendas da Embraer se expandem aos saltos, numa média de 65% anuais. Mas em São José dos Campos, cidade no interior de São Paulo onde fica a sede da companhia, esse desempenho vem sendo comemorado com certa dose de preocupação. O motivo é uma percepção que ganha força entre investidores e especialistas: a de que o ano de 2007 deve ser uma espécie de divisor de águas, que marcará um novo ciclo na história da Embraer. Os anos de crescimento frenético dificilmente se repetirão. "As projeções para a expansão da Embraer são de cerca de 10% ao ano já a partir de 2008", diz Luiz Olimpio Campos, analista de aviação do banco de investimentos Credit Suisse.

As origens da encruzilhada em que a Embraer se situa podem ser encontradas em seu próprio sucesso. No final dos anos 90, os executivos da empresa decidiram investir em um mercado praticamente inexplorado pelos concorrentes, os jatos com capacidade entre 70 e 120 lugares. A estratégia deu certo, incrivelmente certo -- mais que isso, transformou o mercado de aviação regional no mundo. Com o movimento, a Embraer deixou para trás sua maior concorrente, a canadense Bombardier, com quem disputou por uma década o mercado de aviões pequenos (com no máximo 50 lugares). A má notícia é que, justamente pelo sucesso da estratégia, esse mercado se esgotou. Há pouco espaço para o lançamento de novos produtos. O executivo Maurício Botelho, que presidiu a empresa desde sua privatização até o mês passado, afirmou que seria uma loucura fabricar aviões maiores do que o EMB 195, com capacidade para transportar até 118 pessoas. A razão é prosaica. Um jato maior incomodaria a americana Boeing e a francesa Airbus, as maiores fabricantes do mundo. "Competir com Boeing e Airbus é pouco recomendável", disse Botelho antes de deixar o comando da companhia. (Em abril, ele foi substituído por Frederico Fleury Curado na presidência.)

A falta de espaço é o grande problema da Embraer. Ao mesmo tempo que se vê limitada para crescer no mercado das maiores potências da aviação civil, a empresa começa a ser incomodada em seu mercado cativo. A Bombardier lançou um avião de 100 lugares. E fabricantes russos e chineses também já anunciaram que vão entrar na briga. Diante dessa sinuca estratégica, a empresa começou a buscar alternativas. Seus novos lançamentos serão concentrados em dois segmentos. Um deles é o mercado de jatos executivos, que responde por 15% de seu faturamento. Foram anunciados recentemente novos projetos nessa área. Os principais são os Phenom 100 e 300 (com capacidade para até nove passageiros) e o grandalhão Lineage 1000, um dos maiores jatos executivos do mundo. O lance mais ousado veio em abril, quando a Embraer anunciou que pretende entrar com força redobrada na aviação militar, hoje uma atividade marginal, responsável por apenas 6% de suas receitas. A companhia estuda fabricar um avião militar de transporte com capacidade de 19 toneladas para concorrer com o consagrado Hercules C 130, da americana Lockheed Martin, um titã que domina o mercado há cerca de 50 anos. De acordo com Luiz Carlos Aguiar, vice-presidente da Embraer para a área de defesa, há um mercado potencial de 700 aviões nessa categoria.

AS DUAS NOVAS APOSTAS da Embraer são consideradas arriscadas. Tome-se o mercado de defesa. Seu tamanho é indiscutível: só o governo americano pretende investir 628 bilhões de dólares em defesa no ano que vem. Ocorre, porém, que a aviação militar não é regida apenas pelas regras do livre mercado. Diferentemente do que ocorre na aviação comercial, qualidade e preço não são os únicos determinantes na escolha do cliente. A própria Embraer já foi vítima disso. Recentemente, o governo americano vetou a venda de suas aeronaves militares para a Venezuela e o Irã. Como boa parte dos componentes usados nos aviões de defesa da Embraer tem origem americana, os Estados Unidos têm direito a esse veto. Em 2003, a empresa venceu uma licitação do Exército americano para fornecer aviões de vigilância, em parceria com a Lockheed Martin. Mas foi tirada do jogo depois que as autoridades militares mudaram as especificações do projeto, o que inviabilizou o uso do jato brasileiro.

No segmento de aviação executiva, aquele que a Embraer pretende atacar com mais consistência, o cenário também é complexo. Aqui, o problema é justamente o livre mercado. Pelo menos sete empresas disputam esse mercado -- as americanas Boeing, Cessna, Gulfstream e Raytheon, as francesas Airbus e Dassault e a canadense Bombardier. Como em todo o mercado de luxo, uma marca glamourosa tem grande apelo na hora de vender um jatinho. E a Embraer, ao menos por enquanto, não tem esse apelo -- é como imaginar a coreana Hyundai iniciando a produção de carros esportivos de luxo para competir com Porsche, Jaguar e Ferrari. Apesar dos obstáculos à frente, a situação da Embraer não pode ser considerada ruim. Longe disso. A carteira de pedidos está abarrotada de encomendas e seus jatos regionais são considerados os melhores do mundo. O grande desafio de seus executivos, Curado à frente, é encontrar uma nova rota para a empresa -- agora que os tempos de crescimento supersônico ficaram para trás.

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domingo, maio 27, 2007

Clipping 006

Escolas japonesas usam DS como parte de programa de ensino

O governo da província de Kyoto anunciou que adotou o videogame portátil Nintendo DS na grade curricular das escolas públicas da região.

A máquina será usada nas aulas de inglês do segundo ano do ensino médio. Em testes feitos a partir de setembro do ano passado, houve um progresso de cerca de 40% no vocabulário da língua inglesa. Por conta do resultado, o inovação foi aplicada a todas as escolas da província.

"Alia velocidade, tempo e ritmo, e melhora o aprendizado ao deixar o cérebro confortável. Vendo os estudantes, creio que estejam três vezes mais concentrados, e a densidade de aprendizado parece alta", disse Hideo Kageyama, que coordena o projeto sobre novas formas de ensino do ministério da cultura japonês.

Por acaso, a província de Kyoto é onde se localiza a matriz da Nintendo. O portátil possui um educativo chamado "English Training", que é um sucesso de vendas.

terça-feira, maio 22, 2007

Clipping 005

Operadora coreana lança acessório para celulares que auxilia pescadores





Na segunda-feira (21/05), a SK, maior operadora celular da Coréia do Sul, começou a vender um transmissor à prova d’água que pode ser encaixado na ponta de uma linha de pesca.

O transmissor envia pulsos ultrassônicos para medir a densidade de peixes nos arredores e se comunica com um receptor acoplado ao telefone celular. O software no telefone, então, exibe a informação juntamente com dados complementares, como temperatura da água, segundo Cindy Kang, porta-voz da empresa em Seoul.

Operadoras sul-coreanas já demonstraram anteriormente telefones que repeliam mosquitos, mediam o nível de açúcar no sangue, melhoravam as funções cerebrais e curavam ressacas. Isso é resultado do mercado extremamente competitivo de celulares do país, onde três grandes operadoras e três grandes fabricantes travaram uma batalha por participação de mercado.

Acesso à internet e serviço de email estão se tornando padrão e TVs digitais estão se tornando lugar comum em países em que o sistema está disponível. Adições recentes nos celulars japoneses incluem uma carteira móvel e serviços de bilhete de trens, jogos sensíveis ao movimento e sistemas de navegação baseada em GPS.

"Fotinho" em celular é para os fracos...

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domingo, maio 20, 2007

Silêncio


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sexta-feira, maio 18, 2007

Clipping 004

Nanocola permitirá produzir chips menores

CHICAGO - Tecnologia que reduz espessura da cola pode mudar a forma como os chips são empacotados.

Uma cola barata que se torna mais forte à medida que a temperatura sobe pode ser útil para tarefas domésticas, mas, caso alguém a produza com uma espessura 100 mil vezes menor do que a de um cabelo humano, o que teremos é uma nanocola, uma substância adesiva que poderia ajudar na produção de chips de computador extremamente pequenos, anunciaram pesquisadores norte-americanos na quarta-feira.

Desenvolvida por pesquisadores do Rensselaer Polytechnic Institute, em Troy, Nova York, a nanocola é produzida com materiais ultrafinos, já disponíveis comercialmente.

"É realmente espantoso imaginar que uma única camada de moléculas possa melhorar a adesão de um material", disse Ganapathiraman Ramanath, pesquisador de ciência dos materiais cujo relatório está sendo publicado pela Nature.

"Nosso trabalho demonstra a possibilidade de criar nanocamadas orgânicas que são mil vezes mais finas do que a mais fina das colas de base orgânica atuais", afirmou.

Adesão semelhante já havia sido demonstrada no caso de camadas com espessura de um milionésimo de metro, mas nunca antes com camadas de apenas um nanômetro - um bilionésimo de metro.

"Trata-se de uma única camada de moléculas, organizadas como soldados", disse Ramanath em entrevista telefônica. A cadeia de cola se alinha de maneira muito ordeira, sem interferência externa.

"A natureza faz a maior parte do trabalho para nós", disse Ramanath. "Só é preciso colocar a coisa certa no topo e a coisa certa por baixo, e o processo funcionará."

A cola tem uma base de moléculas de carbono. Em um extremo da cadeia existe sílica e oxigênio, e no extremo oposto enxofre. Essas moléculas finais diferenciadas agem como ganchos que aderem a outras superfícies.

Quando aquecida a 400 graus, a cola se torna ainda mais adesiva, por um fator de cinco a sete vezes. "Quando esquenta, a cola fica melhor", disse Ramanath.

Ele afirmou que a cola poderia ser usada como forma barata de unir dois materiais que não se encaixam bem. E o preço --35 dólares por 100 gramas-- faria dela uma opção comercial razoavelmente barata.

Ramanath acredita que a cola possa vir a ser empregada no desenvolvimento de chips usados em toda espécie de aparelhos microeletrônicos.

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quinta-feira, maio 10, 2007

Clipping 003

Petrobras produz diesel com aroma de banana

A Petrobras está comemorando o sucesso das vendas do diesel premium Verana, com aroma de banana caramelizada e desenvolvido para o mercado náutico de lazer. Lançado no dia 3 de abril em seis postos flutuantes de cidades dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, o diesel aromatizado já contabilizou 1 milhão de litros comercializados.

Para se chegar ao Verana, a Petrobras demandou R$ 3 milhões em pesquisas que duraram dois anos. O diesel está sendo produzido na Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos.

O produto é comercializado pela BR Distribuidora, que pretende expandir as vendas para outras localidades em função da aceitação por parte dos consumidores. A BR detém hoje 40% do total do mercado de combustíveis do País.

"O diesel Verana foi desenvolvido pelo Centro de Pesquisa da Petrobras. Fizemos uma pesquisa de mercado com os consumidores para chegar ao produto final", disse a gerente de comercialização da Petrobras/Revap, Lia Martins Pereira.

Pesquisa
Segundo Lia, a unidade de São José está ficando especializada na produção de combustíveis especiais, como o diesel produzido exclusivamente para o velejador Amyr Klink, com o objetivo de não congelar em baixas temperaturas. "Temos feito alguns combustíveis especiais. Esta linha tem uma demanda garantida."

Segundo o consultor de Desenvolvimento de Produto da Revap, Volnei Roberto de Oliveira, o aroma de banana caramelizada oferece mais conforto aos tripulantes das embarcações, mas o novo diesel agrega ainda outras vantagens.

"Ele não faz espuma durante o abastecimento, proporciona uma redução de 98% na emissão de enxofre, otimiza o consumo e o desempenho do motor. A produção de fumaça também é bem menor."

Segundo a Petrobras, em comparação ao óleo diesel marítimo comum, o Verana proporciona redução de fumaça em até 83%.

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Clipping 002

Empresa faz perfume com cheiro de maconha

A flor da planta que serve como matéria-prima para a produção de maconha virou fragrância de perfume da marca européia Demeter.

O cheiro faz parte de uma linha lançada este ano pela grife e inclui outros aromas inusitados, como o do drinque Sex on the Beach (sexo na praia, em inglês), e os de massinha de modelar, marshmallow, chicletes, serragem, charuto, tinta a óleo, vinil, uísque com tabaco e até cola em bastão e sushi, informa o diário Blue Bus.

Cada frasco de 30 ml é vendido por US$ 19 (ou cerca de R$ 41) nas lojas e no site da rede, o demeterfragrance.com. É possível também encontrá-los individualmente ou incluídos em kits no site de compra e venda eBay, com preços nessa faixa.

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Clipping 001

Opinião: como Churchill, melhor que Churchill

Lluís Bassets*

Ele merece a glória, sem dúvida, e aí está a última de suas vitórias, talvez a mais retumbante, a paz na Irlanda do Norte. Mas também merece a crítica, como se encarregam de lembrar dia após dia as notícias alucinantes que chegam de Bagdá, capital esquartejada do país de todas as guerras civis. Sua culpa, voluntariamente compartilhada com Bush, é tão negra que chega a ocultar o brilho de seus dez anos como primeiro-ministro. Ele quis ser o melhor primeiro-ministro da história do Reino Unido, e o teria conseguido caso triunfasse na jogada mais difícil e mais arriscada, a que o levou a sua perdição.

Sem o GAL (Grupo Antiterrorista de Libertação) dos Açores, sua cota nas mentiras da guerra, a insistência com que continuou defendendo a invasão e a degradação em seu próprio país e em toda a Europa das liberdades individuais e dos direitos humanos ocasionada pela guerra do Iraque, Tony Blair anunciaria hoje sua retirada transformado num dos melhores primeiros-ministros da história de seu país. Mas não lhe bastava ser um dos melhores, ele quis ser o melhor. E assim teria sido se a jogada nefasta do Iraque tivesse saído como a jogada de mestre de seu antecessor contra Hitler.

O jornalista e escritor alemão Sebastian Haffner resumiu em 1967 com traços rápidos o que Churchill significou para a história: "Até 1940, a história do mundo e inclusive a da Inglaterra seriam concebíveis sem Churchill. (...) Mas nos anos de 1940 e 1941, Churchill foi o homem do destino. (...) Em poucas palavras, sem o Churchill dos anos 1940 e 1941 seria perfeitamente concebível que neste exato momento um Hitler septuagenário estivesse governando um estado pan-germânico das SS cujo território se estenderia do Atlântico até os Urais ou talvez mais longe". ("Winston Churchill - Uma biografia").

Pois bem, Blair quis ser, depois dos atentados de 11 de Setembro, o homem do destino. Sabia como seria difícil para Bush empreender sozinho a guerra preventiva contra o Iraque e decidiu colocar-se a seu lado incondicionalmente. Sonhou ter em relação a Saddam Hussein e à democratização do Oriente Médio, incluindo a paz entre israelenses e palestinos, um papel análogo ao de seu memorável antecessor em relação à Europa. Contribuiu para esse sonho, em não pequena medida, a metáfora abusiva trabalhada pelos neoconservadores amigos de Bush, precisamente a partir de uma visão simplista do papel que os EUA tiveram na Segunda Guerra Mundial. Bush, como um novo Roosevelt, seria de novo o libertador do mundo, ajudado por Blair, o novo Churchill. Havia novamente um Eixo do Mal - Iraque, Irã, Coréia -, como antes houvera um eixo nazi-fascista - Alemanha, Itália, Japão.

Também no meio, os apaziguadores, partidários do diálogo e da mediação, para repetir diante do terrorismo islâmico a rendição das democracias diante de Hitler em 1938 em Munique, quando entregaram a Tchecoslováquia. E os judeus, neste caso Israel, ameaçados por um novo Holocausto, agora pelas mãos de árabes e muçulmanos. Pôde sonhar, inclusive, com as conferências de distribuição do mundo e com uma recuperação da influência britânica na África e na Ásia e, logicamente, com a direção dos assuntos europeus como único interlocutor da única superpotência, por cima do continente da fraqueza e da covardia.

O mérito dessa elaboração não é unicamente neoconservador. Depois da queda do comunismo, toda uma geração da esquerda européia se incorporou à fabricação dos grandes consensos internacionais. Uma boa parte apoiou a guerra de Bush pai contra o Iraque para restabelecer a ordem e o direito internacional violados por Saddam Hussein ao invadir o Kuwait. São muitos mais ainda os que defenderam o direito de ingerência e a obrigação da intervenção humanitária diante dos genocídios e matanças na região dos Grandes Lagos ou na Somália. A nova esquerda européia pediu e apoiou os bombardeios sobre a Sérvia e a libertação de Kosovo para pôr fim à limpeza étnica.

Já com Bush filho, inicialmente alérgico a intervenções humanitárias, estes mesmos apoiaram a invasão do Afeganistão sob o guarda-chuva da ONU. E acabou-se: já seguiram com a guerra preventiva, sem cobertura da ONU, e a fabricação de provas falsas. Salvo Tony Blair, que se transformou em um dos outros, um neoconservador, crendo que a história afinal lhe daria razão. Depois o mundo se afundou a seus pés.

A derrubada do tirano, único argumento válido para a geração moral que ele quis encabeçar, revelou-se ínfima e inútil. E as imoralidades de uma guerra imoral fizeram o resto. Quis ser como Churchill para ver se podia ser melhor que Churchill. Mas fracassou.

*Lluís Bassets é jornalista e diretor adjunto do jornal El País, no qual escreve uma coluna semanal sobre política internacional. Mais em http://blogs.elpais.com/lluis_bassets/

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Clipping - Intróito

Nada mais apropriado que postar aqui do trabalho, onde começou essa história de fazer "clipping". Não, eu não passo nem perto de alguma linha editorial. Aliás, esse clipping é "de fato". Não tem critério, a não ser aquilo-que-eu-acho-interessante.
Bem, sem mais pernalongas, acima a primeira de algumas matérias que pretendo postar aqui (modo promessa de político ON) regularmente (modo promessa de político OFF).

domingo, maio 06, 2007

Hi, i'm a Marvel. Hi, i'm a DC.


sexta-feira, maio 04, 2007

Por Quoi?


Desencanto, ou, Assim Falou Max Weber

The fate of our times is characterized by rationalization and intellectualization and, above all, by the ‘disenchantment of the world.’ Precisely the ultimate and most sublime values have retreated from public life either into the transcendental realm of mystic life or into the brotherliness of direct and personal human relations. It is not accidental that our greatest art is intimate and not monumental, nor is it accidental that today only within the smallest and intimate circles, in personal human situations, in pianissimo, that something is pulsating that corresponds to the prophetic pneuma, which in former times swept through the great communities like a firebrand, welding them together.
Não é nem Iluminismo nem Medievo, seria nossa Idade da Luz das Trevas?

quinta-feira, maio 03, 2007

Direitos autorais surpreendentes!

Estava hoje passeando no site do ECAD e vendo quais os artistas mais lucrativos em termos de direitos autorais, assim como as músicas mais tocadas. Não bastando a surpresa de ver que o segundo artista mais lucrativo do Nordeste é o famosíssimo Ramon Cruz (???), me deparo com a seguinte lista das Top 10 nas rádios:

Músicas mais executadas na região Nordeste de outubro a dezembro de 2006, em rádios AM/FM

1Quando a chuva passar - Ivete Sangalo
2Por mais que eu tente - Marjorie Estiano
3Desenho de deus - Armandinho
4Quem diria heim... - Daniel
5Se quiser - Tânia Mara
6Pra ser sincero - Marisa Monte
7A camisa e o botão - Babado Novo
8One last cry - Marina Elali
9Você não vale nada - Solteirões do forró
10You're beautiful - James Blunt

Mas o melhor ainda está por vir... o clássico absoluto da música popular... Minnie Riperton com Lovin' You!

31Pra rua me levar - Ana Carolina/Seu Jorge
32Átomos - Zezé di camargo/Luciano
33Lovin' you - Minnie Riperton
34Ursinho de dormir - Armandinho
35Faz falta - Exaltasamba
36Manchete dos jornais - Calcinha Preta
37Recaida - Bruno/Marrone
38Sobrenatural - Jeito Moleque
39Choram as rosas - Bruno/Marrone
40Samba a dois - Fernanda Porto

Não sabe quem é? Olhaí:



All in a deity's work

God is certainly a hard-working deity. As if he didn't have enough on his hands smiting, answering prayers and advising George Bush on the Middle-Eastern situation, the Big Man has always made time to get involved in sports. Normally, of course, he favours the American scene (where he regularly enforces his plan on everyone from golfers to gridiron merchants) but, as Maradona will tell you, he has been known to get involved in soccerball from time to time. And what better occasion to revive his love affair with the beautiful game than Milan's Big Cup semi-final against the MU Rowdies, where, as any self-respecting Italian hack will tell you, the Lord himself didst step in to ensure Milan would get their shot at revenge against Liverpool on May 23.
"The San Siro gave us a blessed rain," hallelujahs Alberto Cerruti on the front page of today's Gazzetta dello Sport. "Water from the sky and goals that were divine." To be fair, the Rossoneri probably feel entitled to a bit of Holy favour - according to Gazzetta's Candido Cannavò, simply mentioning Istanbul to Milanisti sends them "back to the cruellest level of Hell". Which is still probably more enjoyable than sitting through Tuesday's semi-final between Chelsea and Liverpool, but Cannavò was quick to heap praise on Liverpool's Rafa Benitez. "Because of you, Milan had in their minds not only the goal of defeating the great Manchester," he kumbaya-ed. "But also the historic and slightly paranoid dream of revenge over Liverpool, over the nightmare of Istanbul. It is the final which the heavens and the people wanted."Sadly Milan's resident Supreme Being - Silvio Berlusconi - was rather less impressed with God's interference in his domain. "I serve as the motivator for this group whenever I can," wibbled the man who believed refusing to make the beast with two backs with his wife would motivate voters to reject the legalisation of marriage between Godless g@ys. "I always suggested using two points behind the striker as a way of upholding the attacking values of this club and taking advantage of our players' attributes." But talk is cheap. After his three goals helped put the Rowdies to the sword, the second coming of Kaka is what Milan will really be looking for in Athens.

Intervalo na programação


quarta-feira, maio 02, 2007

Onde nasce um herói?

(retirado do blog opiniojuris.org, grifos meus)

Genocide and the Motivation of Rescuers
I said a few days ago that I wanted to do a few posts on the unusual topic of the intersection between genocide and religion. Let me start this discussion by asking whether religion is somehow a factor in the decisionmaking process of those who choose to stand up and resist genocide. That was the question raised a few weeks ago at a Conference on Genocide and Religion sponsored by Pepperdine Law School and the Simon Wiesenthal Center.

The question was put by Professor Michael Bazyler, a leading Holocaust scholar, to Rabbi Harold Schulweis, founder of Jewish World Watch, a Jewish organization committed to living out the moral imperative of never again.

Here is the exchange between Bazyler and Schulweis:
Professor Bazyler: "... I want to take the prerogative before getting the audience to ask questions to ask a question of Rabbi Shulweis that always comes up when I talk to students. It’s based upon a statement that Yehuda Bauer, the Holocaust historian at Yad Vashem makes and he says that says you know we the Jews, the people of the Book, we’ve been given the 10 commandments and he would add an 11th commandment: "Thou shalt not be a bystander." In talking to the various people that are the righteous, that are the rescuers, is there a common trait, is there something in them that you find that made those people, not bystanders but rescuers?


Rabbi Schulweis: Years ago we started an organization called the Foundation for the Investigation of the Altruistic Personality. One of them was a good friend of mine called Perry London who would get a lot of interviews and I must say towards the end he came up with nothing. That is what I think is the mystery of goodness.... I keep asking that question. Perry London suggested a certain kind of adventurous personality, a certain kind of initiative, but I didn’t find that to be the case, neither did he. He found people who were very ordinary very passive, suddenly there is something that happens, I don’t know. Do you know who is gonna save you? Can you guess right now? I’m sorry to disappoint you.

Well it did disappoint me. There is nothing unique in the personality of a rescuer that distinguishes him or her from the rest of the crowd? I did a little more research and came upon numerous references to the Perry London study that Rabbi Schulweis mentioned. Here is how one author, John Conroy, summarized Perry London's research on Holocaust rescuers:
One small study of people who helped Jews during the Holocaust, described by Perry London in "The Rescuers: Motivational Hypotheses about Christians Who Saved Jews from the Nazis" ... found evidence to indicate that altruistic behavior was related to three personal traits: [1] a spirit of adventurousness, [2] an intense identification with a parent who set a high standard of moral conduct, and [3] a sense of being socially marginal. In London's small sample, the spirit of adventurousness was perhaps best exemplified by a man whose prewar hobby was to race motorcycles on courses that required driving over narrow boards that spanned deep ditches. Once the war began, that man and his friends got a kick out of putting sugar in the gas tanks of German army vehicles, a practice that disabled the engines. The identification with a parent with high moral standards was prominent in the case of a Seventh-Day Adventist minister from the Netherlands whose father had gone to jail for his beliefs; the minister described himself as mildly anti-Semitic, but during the war he organized a large-scale operation for rescuing Jews, believing simply that it was a Christian's duty. That minister, who belonged to a religious group with an extremely small number of followers in Holland, was also cited as an example of what the researchers called "social marginality": a social separateness, a feeling of being an outsider, that seemed to allow the rescuers to have less fear about losing their attachment to the majority group. One highly effective German rescuer, also part of London's sample, had been a stutterer as a child and in an interview confessed that he had always felt friendless. The residents of the French village of Le Chambon, who saved thousands of Jews during the war, also had a certain social marginality: they were Huguenots in overwhelmingly Catholic France.

That seems to make more sense to me. You could almost summarize these personality traits as (1) courage; (2) moral conviction; and (3) social marginality. For me at least, it is unsatisfying to say that there is nothing unique about a rescuer. But it also makes sense to say that it's not religion per se that defines a rescuer, for religious people are perpetrators, bystanders, and rescuers. So perhaps what distinguishes the average person who is a bystander from the exceptional person who is a rescuer is that the latter has courage, conviction, and detachment. Or perhaps Rabbi Schulweis is right. Perhaps there is nothing unique about a rescuer, except that he is utterly ordinary and happens to perform extraordinary deeds.

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Curso de Excelência em Ironia Britânica aplicada ao Futebol

"There will be concerns from a security point of view if it's two English teams," aye-ayed Parry, as if to suggest security concerns in Big Cup finals featuring Liverpool and Italian opposition are far less grave. Then, on his way to the San Siro to cheer on Milan against the Rowdies, Parry had time for one quick kick at one unfortunate man who was already down. "I guess when you've invested £500m, it's a fantastic season to win the League Cup," he said in response to the Special One's accusation earlier this week that Liverpool were small. Rather than stoop to the Chelsea manager's level, the Liverpool suit would do well to remember that 50 years of glorious tradition weren't bought in a day.
Retirado do Fiver, o informativo sobre futebol do The Guardian. Não se ofendam pelo destaque, é só uma pista da ironia - que mesmo assim só vai ser percebida por quem abe das novidades do futebol. Enfim, um dia eu chego lá. Ah, um dia...

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