Headliners pt. II
Entonces, de volta à programação;
Nacionalização/Crise na Bolívia: Ok, muita calma nessa hora.
Pra começo de conversa: Nacionalização não é conversa nova. François Miterrand durante sua presidência nacionalizou até a Rainha Mãe (até a mãe, até a rainha mãe! Inglaterra! sacou?) só que isso parece que passou desapercebido de nossas mentes intelectuais. Intervenção por parte do governo na economia não é, a despeito da pretensa surpresa de vários colunistas do oiapoque ao chuí, uma anátema. É um ponto de vista. Há quem acredite na necessidade de intervenção maciça do Estado na economia. Cáspita, eu não sou um deles, mas respeito quem é.
Parêntese: dia desses, qdo eu tava preparando minha roupa - cortesia de napô - pro TEMAS, um belo sobretudo soviético, minha vó perguntou se não tinha risco de eu virar comunista, ou coisa que valha. Disse que a gente não foi criado pra isso. Já comentei como adoro minha família reaça?
Pela PONTE QUE PARTIU (copyright Mary Vanucci) parem de tratar isso como se fosse o assassinato do Franz Ferdinand! Ou ao menos trate como deveria ser tratado, o sujeito foi tão irrelevante que só serviu pra dar nome a uma banda legal.
O que a Bolívia fez NÃO foi ato de guerra. NÃO humilhou nossa diplomacia. Diplomacia não é CIA, ao menos não a nossa. O trabalho deles não é ficar teorizando sobre o que vai dar na telha de cada maluco do ocidente. Até porque se fizessem isso, do jeito que só tem maluco no lado de cá, não iam ter tempo nem pra fazer festa em embaixada, o que ia jogar nossos acordos comerciais pro saco. Eles negociam, e existem pra segurar as pontas mesmo.
Na minha opinião de cabeça fria (imagine como era de cabeça quente. Vou dar uma dica: ofensiva armada e anexação pra milico nenhum reclamar de tédio) essa é, antes de mais nada, uma oportunidade. Daquelas que presidentes esperam governos inteiros pra que apareça umazinha. Tipo o Onze de Setembro de Bush. É o momento em que você mostra a que veio. Se sua diplomacia só serve pra contrabandear narcóticos e whisky através de maletas diplomáticas ou se de fato busca interesses nacionais.
Também serve pra mostrar que as relações internacionais existem e não podem ser ignoradas. A América Latina tá virando um cabaré já faz um tempinho, e você viu alguém da sociedade civil querendo discutir o assunto? Assim, amigo, muito fácil fazer qualquer bobagem ser engolida como máxima universal.
Bom, eu pago pra ver. Meu voto vai depender de como Lula vai desenrolar essa crise. Não, eu não sou ingênuo, não nisso. Então: você vai analisar a situação ou vai jogar logo bomba em alguém?
ps: Se fosse eu o presidente eu já tinha feito um ultimato e retirado a Petrobras inteira de lá à força. Mas eu não sou presidente, e o meu país não sou eu. Isso se chama democracia. :)
Nacionalização/Crise na Bolívia: Ok, muita calma nessa hora.
Pra começo de conversa: Nacionalização não é conversa nova. François Miterrand durante sua presidência nacionalizou até a Rainha Mãe (até a mãe, até a rainha mãe! Inglaterra! sacou?) só que isso parece que passou desapercebido de nossas mentes intelectuais. Intervenção por parte do governo na economia não é, a despeito da pretensa surpresa de vários colunistas do oiapoque ao chuí, uma anátema. É um ponto de vista. Há quem acredite na necessidade de intervenção maciça do Estado na economia. Cáspita, eu não sou um deles, mas respeito quem é.
Parêntese: dia desses, qdo eu tava preparando minha roupa - cortesia de napô - pro TEMAS, um belo sobretudo soviético, minha vó perguntou se não tinha risco de eu virar comunista, ou coisa que valha. Disse que a gente não foi criado pra isso. Já comentei como adoro minha família reaça?
Pela PONTE QUE PARTIU (copyright Mary Vanucci) parem de tratar isso como se fosse o assassinato do Franz Ferdinand! Ou ao menos trate como deveria ser tratado, o sujeito foi tão irrelevante que só serviu pra dar nome a uma banda legal.
O que a Bolívia fez NÃO foi ato de guerra. NÃO humilhou nossa diplomacia. Diplomacia não é CIA, ao menos não a nossa. O trabalho deles não é ficar teorizando sobre o que vai dar na telha de cada maluco do ocidente. Até porque se fizessem isso, do jeito que só tem maluco no lado de cá, não iam ter tempo nem pra fazer festa em embaixada, o que ia jogar nossos acordos comerciais pro saco. Eles negociam, e existem pra segurar as pontas mesmo.
Na minha opinião de cabeça fria (imagine como era de cabeça quente. Vou dar uma dica: ofensiva armada e anexação pra milico nenhum reclamar de tédio) essa é, antes de mais nada, uma oportunidade. Daquelas que presidentes esperam governos inteiros pra que apareça umazinha. Tipo o Onze de Setembro de Bush. É o momento em que você mostra a que veio. Se sua diplomacia só serve pra contrabandear narcóticos e whisky através de maletas diplomáticas ou se de fato busca interesses nacionais.
Também serve pra mostrar que as relações internacionais existem e não podem ser ignoradas. A América Latina tá virando um cabaré já faz um tempinho, e você viu alguém da sociedade civil querendo discutir o assunto? Assim, amigo, muito fácil fazer qualquer bobagem ser engolida como máxima universal.
Bom, eu pago pra ver. Meu voto vai depender de como Lula vai desenrolar essa crise. Não, eu não sou ingênuo, não nisso. Então: você vai analisar a situação ou vai jogar logo bomba em alguém?
ps: Se fosse eu o presidente eu já tinha feito um ultimato e retirado a Petrobras inteira de lá à força. Mas eu não sou presidente, e o meu país não sou eu. Isso se chama democracia. :)
1 Comments:
Quanto a Colômbia, eu pensei mesmo que o que nosso Presidente vai fazer será o que vai definir se ele continua ou não, e como brasileiro tem mesmo memória de peixe é a chance dele. Quanto a greve de fome, concordo, mas fica complicado demais achar o propósito certo por trás de tanto ti ti ti (inclusive aqui em Portugal) e justamente se tratando de quem. :P
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