segunda-feira, julho 31, 2006

Google: metralhadora aleatória!

Pessoas encontraram esse blog procurando:


- Folclore de sao bernardo do campo


- Cientologia


- Meio homem meio deus


- Casamento umbandista.

Claro, claro, como não.


Odeio gente assim


?

ivan solado del reyno just posted to your Fotolog guestbook

hola ivan ya que no te puedo ver te mando mil besos para que te acuerdes de mi att:karen la morena .

bye mil besos


?

Seis, quase sete.

Desde que esse blog surgiu, eu não ficava tanto tempo assim sem postar nada. A razão foi a semana corrida mesmo. O pior que todo dia eu pensava em umas três coisas pra colocar, mas a preguiça impedia de eu vir aqui convergir as idéias em palavras. Vou tentar então fazer um breve apanhado pra seguirmos ao rumo normal.

1: Essa semana vi uma pesquisa interessante de um grupo de cientistas americanos - sim, sempre eles. O que seria do nosso conhecimento inútil sem os PhDs desocupados nos EUA? - que a imensa maioria dos Blogs só trata sobre vida pessoal e as impressões - novamente pessoais - da vida do respectivo autor. Oras, cáspita, pagam um doutor pra descobrir isso. Quem usa a internet com uma razoável frequência sabe que a Blogosfera é um ninho de egologs. O fato é de que a estrutura dos blogs funciona como um dínamo amplificador da necessidade pessoal de obter atenção. Mesmo no caso dos timidez, que não passa de egocentrismo invertido. Afinal, tímidos crônicos crêem que o resto do mundo tá interessado em suas vidas, o que via de regra, é uma presunção absurda. Eles não tão nem aí e pronto. Raros são os blogs que se ocupam com algo mais que miguxês, letras de música, desabafos românticos. "Ei, mas meu blog tem isso?" Sinto muito, mas é a dura verdade. "Isso é um absurdo, não existem tantos blogs assim como você pensa!" É o que VOCÊ pensa. Felizmente, ao menos aparentemente, os leitores do meu blog não costumam frequentar esse tipo de blogs. Isso me leva ao próximo ponto;

2: Tenho sido surpreendido com frequência com pessoas me dizendo "Eu li seu blog" ou "Gostei do post sobre o Super-homem" - que por sinal comentarei no post a seguir. Isso me deixa tanto estupefato quanto feliz. Primeiros 5 segs são gastos recuperando ar perdido no susto, os 10 seguintes são eu olhando pros quatro cantos do aposento tentando futilmente fugir de quem me jogou esta bomba, e nos 25 segs eu lentamente esboço o sorriso, agradeço e passo vergonha intimamente. assim são meus 30 segundos de reação previsível a elogios. Obrigado a todo mundo que lê. Podem mandar coisas que eu publico, a despeito do que pareça, sou democrático. Eu continuo colocando coisas curiosas aqui, sempre que posso. Por sinal, vou mudar o template em breve, aguardem ^^. Sim, claro, o ponto seguinte, como eu já tinha avisado:

3:







Sem comentários. Não tem coisa que nos torne mais frágeis e introspectivos. Falando nisso, vamos ao próximo ponto;

4: Estou procurando um emprego. Não, não aceito ser escraviário, ou subempregado. Se você conhece alguém que está contratando, me avise, eu agradeço e talvez até te leve pra lanchar com meu primeiro salário! Se você for um possível empregador, veja como sou simpático e boa-praça! yay! Esses dias eu atualizei meu curriculum - que tem mais entradas de trabalho voluntário do que trabalho remunerado, pra alegria do meu karma e tristeza da minha solapada conta bancária. Falando em dinheiro;

5: Essa semana foi o maior Modelo da ONU do Brasil, o AMUN. Até duas semanas atrás eu achava que ia também, mas por questões financeiras não foi possíviel. Não pude rever amigos e conhecidos, o que é uma lástima. Mais intormação sobre Modelos da ONU você encontra aqui e lembre-se que as inscrições da SOI já estão começando. Antes que você pense que resolvi eu também transformar meu blog em Egolog, aviso que na verdade foi somente um anúncio, assim como:


6: Estamos (eu e Susi) tentando organizar junto aos ex-alunos do Bereiano um mutirão pra realizar projetos no colégio, talvez até integrando com os atuais alunos. Se você é ex-aluno Bereiano, venha dar uma mãozinha, nosso palácio verde precisa de nossa ajuda. Eu e Su estamos marcando uma reunião no Midway Mall, às 20hs da próxima sexta-feira (4/08), provavelmente em algum daqueles sofás perto do Pitts. Mais info só ligar no meu celular místico 999-111-99, e no celular onírico de Susi, 8821-2711.


Sétima Bemol: Esses dias eu estava lendo uma minissérie do Homem de Ferro, entitulada Invencível. Falo mais sobre ela amanhã. Mas pergunto: Quando vamos começar a confiar nos interventivos? Aquelas pessoas que tem coragem o bastante pra arriscar a situação, por crerem em seu ponto de vista? Que preferem meter bedelho a ficar olhando? É prerrogativa do ser humano ter medo do futuro?

Ah, e tb tem Ragnarok, e muito mais. Ô semana cheia ;P

terça-feira, julho 25, 2006

A casa dominó


Pérolas da internet:

Quantos emos são necessários para trocar uma lâmpada?

Nenhum. Quando a lâmpada queima, eles sentam no escuro e choram.


segunda-feira, julho 24, 2006

Mon dieu!

Cenário: Blog do Juca Kfouri. Comentário sobre uma possível contratação de Roque Júnior para ocupar a lacuna do (insubstituível) Lugano, o incansável cavaleiro do olhar sereno. Medo, muito medo. Vou ler os comentários pra ver se sou voz solitária. Uma centena de comentários, somente um respondido:


[Rafael Grohmann] [malukero@uol.com.br]
Como vc compara Durkheim e Weber?

23/07/2006 23:55

RESPOSTA:
Um conservador brilhante e um gênio.


Acho que um "Eu hein?" não expressa toda a extensão do que eu quero dizer, mas acho que você me entendeu.

sexta-feira, julho 21, 2006

Been there, done that.


Dance me to the end of love - Madeleine Peyroux

Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove

Let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of

Dance me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
We're both of us beneath our love, we're both of us above

Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn

Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic till I'm gathered safely in
Touch me with your naked hand or touch me with your glove

Dance me to the end of love

segunda-feira, julho 17, 2006

Nomes secretos


Pra quem não sabe, esse fim-de-semana foram as comemorações de bodas de ouro dos meus avós, ou seja, cinquenta anos de casamento. O evento uniu toda a família com um propósito, fazer uma festa bacana. Hoje tivemos uma espécie de renovação dos votos, como uma nova cerimônia de casamento, onde meus avós trocaram alianças novamente, e refizeram suas juras por mais cinquenta anos, ou até onde deus permitir. Nesse cenário, uma informação chamou minha atenção. Vovó comentou, na hora em que ia fazer seus votos, que meu avô, Wagner, tinha um apelido secreto. Conhecido por meio mundo (até Pelé conhece meu avô, e não tou brincando) por Waguinho, ela disse que quando se casaram ela o chamava de Guinho. Engraçado, faz vinte e um anos que eles fazem parte da minha vida e eu não sabia disso. É particularmente interessante nós nos vermos impressos nos rostos - agora calejados pelo tempo - de nossos genitores. Vamos ser daquele jeito. Sou quem ele era, e ele agora sou eu. E na nossa casa patriarcal - quase mafiosa, comentam alguns - isso é ainda mais forte. Todos os primogênitos herdam o nome do meu avô. E eu posso não ser mais velho que minha irmã, mas ela é menina e automaticamente desqualificada, pelo bem da estética nos nomes. Junto com o nome parece que ganhei um punhado de vida antecipada, é como um carro usado que já vem com milhagem no odômetro e história no porta-luvas.

Quando pequeno, todo mundo me chamava de Cabralzinho, isso quando não "futuro juiz", ou coisa que valha. Mas eu descobri que, ao menos hoje, talvez eu esteja mais pra um Guinho. Reeditando um passado desbotado, espero que com muito carinho.

domingo, julho 16, 2006

Ele consegue voar


Acabo de sair da sessão de Superman Returns. Tirando todo o - tradicional - delírio de fanboy, o filme foi particularmente rico não em coisas novas, mas repetições e lugares-comuns.

E isso é particularmente mágico.

A coisa que mais me fascina na personagem do Super-homem é como ele representa tudo aquilo que não é politicamente correto atualmente. Ele não é representante de uma etnia minoritária, não é descendente de imigrantes, não fala o meu idioma ou tenta fazer parte de uma aldeia global, ele não tem depressão ou desvios existenciais particulares da humanidade. Ele não sai de casa com a cara pintada pra protestar contra o que acredita. Ainda assim, é o maior certinho da história da cultura pop. E todo mundo sabe que o politicamente correto odeia os certinhos, eles são aberrações do sistema, falhas na matrix.

Além disso tudo, ele representa uma entidade anacrônica, meio homem meio deus, quase onipotente. E sua onipotência é uma ameaça pra humanidade, pois diante dela o homem vê sua pequenez diante de todo o resto do mundo. Não bastando isso, ele ainda se veste de humano. Se veste de frágil. Em vez de assumir logo seu trono por direito - ou melhor, por força bruta que enseja o direito - ele opta por viver seu caso diário de aparente displicência e desfaçatez.

E talvez o mais absurdo seja sua inocência. Ele crê na bondade, nas pessoas, na política, na família, nos amigos, na vida. Pobre diabo, ninguém avisou que o mundo está assolado por batráquios e verminosos querendo sugar seu sangue de qualquer forma possível. Mal sabe ele que o mundo todo está configurado em um plano pra pegá-lo numa arapuca, uma verdadeira sinuca de bico.

Então, ele é inocente, idealista, ilimitado e ordeiro. Não existe coisa mais demodé, mais retrógrada, mais fora do tempo, mais caxias, mais medíocre, mais mesmice. Super-homem hoje devia cuidar da casa, advogar os direitos das mulheres, ser árabe ou chinês, ser GLS e ainda ler Fante e ter O Vagabundo Iluminado na cabeceira.

E eu aqui querendo um dia ter um filho e ensinar o garoto a não mentir, tratar bem a todos e não desistir. Não sei se o super-homem serei eu ou será ele...

ps: welcome back, starman ...


sábado, julho 15, 2006

Sabedoria em tirinhas


quinta-feira, julho 13, 2006

Alô?

Não sei se já comentei com vocês o quanto eu odeio o telefone. Antigamente eu até gostava, hoje nutro um um ódio apocalíptico. Isso me traz problemas. Primeiro: passo por antipático. Segundo: torna o telefone pouco prático pra mim, até porque do momento que atendo eu já tou pensando em como terminar a conversa pra desligar o maldito aparelho. Aprendi com Ricardo César, um amigo dos anos dourados no Henrique Castriciano uma fórmula mágica, o "Pois Então Tá". Vou exemplificar o uso desse maravilhoso instrumento, enquanto simulo um diálogo corriqueiro ao telefone, adicionado de sua - providencial - tradução.

- Alô?
- Oi! [Vamos pular esse negócio de "Alô" e vamos ao que interessa]
- Oi, Artur, tudo bem?
- Oi, tudo tranquilo, e você? [Pule as amenidades, por favor. Diga que tá tudo bem e vamos adiante, você com certeza não ligou pro seu terapeuta]
- Tudo bem. escuta, {assunto trivial que provavelmente poderia ser resolvido com um e-mail}...
- {interrompendo a pergunta} Ah, é tranquilo, é só você apertar cima cima, baixo baixo, esquerda direita esquerda direita X Y. No duro. [Não sei se foi isso que você perguntou, mas talvez te satisfaça e você me deixe em paz]
- Ah, legal, mas eu queria saber algo tipo {mais um assunto enfadonho}...
- Sei... [PARA, PARA TUDO! O que eu falei sobre pular amenidades e ir direto ao que interessa?]
- Então, o que você acha? {ele não quer pernsar por si, e liga pra terceirizar o serviço pro bono}
- Eu acho que quem não tem cão caça com gato e quem com ferro fere com ferro será ferido. [pílula de sabedoria aleatória retirada de alguma revista ou livro que eu tenha folheado recentemente. Simultaneamente, concentro energia pro golpe final.]
- Ah, Entendi, entendi. <- claramente uma mentira.
- Pois então tá... [WO-HAH! HE SHOOTS...] Valeu aí e depois a gente se fala!
- Er... falou! [HE SCORES!!!! GOOOOOOOOOOOOOOOOAL!]

Assim que se termina uma conversa incômoda por telefone. Um dos entretantos de uma conversa apocalíptica assim, é a costumeira mal-interpretação dos grunhidos. Especialmente ao dizer tchau. Quando os dois polos do diálogo (ou mais, se você for minha prima e amar conferências por celular) entram em um acordo tácito que a conversa precisa acabar por aí, todo mundo se despede ao mesmo tempo, disparando informações como: "amanhã a gente resolve", "dê comida pro cachorro", "lembre-se, a senha é 010203", ou qualquer informação que porventura seja relevante. Ouve-se um amontoado de grunhidos e todo mundo diz boa noite e deixa pra lá.

E dizem que eu tou me tornando socialmente indisposto. Mentira, eles que me enchem o saco ;P

--- adendo cauteloso ---

calma amigos, isso não foi endereçado a vocês! É que uma mocinha ficou ligando aqui hoje pra falar com minha mãe, e tal :P

easy, easy!

Na raiz do folclore

Lembram da história do bebê do midway? Olha só isso:

"Em maio de 1975, o Notícias Populares publica a história do bebê-diabo, que viraria um marco no jornalismo brasileiro. Era uma cascata sobre o nascimento de um menino com chifres e rabo em São Bernardo do Campo; entretanto, o povo acreditou na história e o NP começou a inventar uma saga para o bebê-diabo. O caso permaneceu na primeira página do jornal por inacreditáveis 27 dias, nos quais pessoas ligavam para a redação jurando que viam o bebê-diabo e informando seu paradeiro. Após quase um mês de sucesso comercial e fracasso moral, a redação decidiu assassinar o assunto. O caso mostrou a confiança que o público tinha no NP. Mas a maior prova da força do jornal veio alguns dias depois: a redação recebeu o exemplar de um periódico pernambucano, que anunciava a chegada do bebê-diabo em Recife.

A seqüência de manchetes do Notícias Populares sobre o famoso caso do bebê-diabo do ABC
O ano é 1975.

11/5 - NASCEU O DIABO EM SÃO PAULO
12/5 - BEBÊ-DIABO DESAPARECE
13/5 - FEITICEIRO IRÁ AO ABC EXPULSAR O BEBÊ-DIABO
14/5 - BEBÊ-DIABO DO ABC PESA 5 QUILOS
15/5 - BEBÊ-DIABO INFERNIZA O PADRE DO ABC
16/5 - NÓS VIMOS O BEBÊ-DIABO
17/5 - POVO VAI VER O BEBÊ-DIABO
18/5 - PROCISSÃO EXPULSARÁ BEBÊ-DIABO
19/5 - VIU BEBÊ-DIABO E FICOU LOUCA
20/5 - SANTO PREVIU O BEBÊ-DIABO
21/5 - BEBÊ-DIABO NOS TELHADOS DAS CASAS DO ABC
22/5 - MÉDICO AFIRMA: O BEBÊ-DIABO NASCEU
NO ABC
23/5 - DIABO EXPLODE MUNDO EM 1981
24/5 - BEBÊ-DIABO PAROU TÁXI NA AVENIDA
25/5 - FAZENDEIRO É O PAI DO BEBÊ-DIABO
26/5 - BEBÊ-DIABO VIAJA PARA VER O PAI
27/5 - BEBÊ-DIABO APARECE NO LUGAR DO ECLIPSE
28/5 - MAIS 7 VIRAM O BEBÊ-DIABO
29/5 - BISPO MORRE DE MEDO DO BEBÊ-DIABO
30/5 - BEBÊ-DIABO ARRASA COM RITUAL
DE UMBANDISTA
31/5 - FANÁTICOS AMEAÇAM BEBÊ-DIABO DO ABC
1/6 - SEQÜESTRADO BEBÊ-DIABO
2/6 - BEBÊ-DIABO À MORTE
3/6 - BEBÊ-DIABO FOGE PARA O NORDESTE
4/6 - PADRE DE MARÍLIA: ‘EU ACREDITO NO
BEBÊ-DIABO DO ABC’
5/6 - ZÉ DO CAIXÃO VAI CAÇAR BEBÊ-DIABO
NO NORDESTE
8/6 - POVO VÊ DE NOVO BEBÊ-DIABO DO ABC

Sobre a manchete de 24/5 (BEBÊ-DIABO PAROU TÁXI NA AVENIDA), a história é a seguinte:
O bebê-diabo teria acenado para um táxi e, respondendo qual seria o destino da corrida, disparado: “Toca para o inferno.” "

Isso sim é que é folclore!

quarta-feira, julho 12, 2006

A nova onda


100 ;D



Descobri hoje essa magnífica banda japonesa, Monkey Majik. Não vou descrever o som, mas adianto que é bem bacana: Dei upload do cd inteiro no link http://www.box.net/public/yz7uvc3htx. Recomendo. É minha forma de comemorar, e ademais, o álbum fala por mim.

Ei, post 100! Acho que eu devia mudar esse template...

Sugestões?

segunda-feira, julho 10, 2006

Pais náufragos do Google

Não sei se vocês lembram, que eu tinha colocado algumas palavras-chave de pesquisa do google que resultaram aqui, por um acaso magnânimo, neste blog. Repito a investida, agora com a mais nova safra de coincidência. Ultimamente pessoas caíram aqui a procura de:

- Hutt River, España (???)
- Propaganda Quilmes Bendito Sean (compreensível)

e o melhor

- Vou ser papai (!!!!!)

Ou seja: MalditasPersianas, o melhor lugar pra quem vai ser papai!

Santa inveja, Batman!



Esse é o original, vídeo com viagens de 2003 e 2004. O outro vídeo é das viagens de 2005. Tinha esquecido de dizer também que o site dele é http://www.wherethehellismatt.com/.

Invejainvejainvejainveja!

sábado, julho 08, 2006

Inveja condensada



Eu tenho muita inveja desse cidadão. Ele juntou grana trabalhando como produtor de videogames, até que achou que era uma boa quantia pra viajar. Começou a viajar, e nunca mais parou. Já esteve em 50 e poucos países.

Inveja, muita inveja.

Quem sabe um dia eu não faço isso também?

Solilóquios

Constatei hoje, para minha desolação, que raciocino como um engenheiro. Isso implica em dizer que não sou lá muito inteligente. Citando o exemplo definitivo de um livro de Dilbert, "o engenheiro vê uma banana e em vez de descascá-la se põe a bolar uma forma de automatizar o processo de descascar bananas, o que a longo prazo poderia ser até útil, mas como só vai comer uma banana mesmo, é um total desperdício". O exemplo não era nem exatamente esse, eu falei com minhas palavras idéias minhas, o que me torna alvo da minha própria citação.
Voltando: minha capacidade de explicar coisas é extremamente limitada. Em vez de te dizer que 1+1=2, eu provavelmente vou perder mais tempo bolando uma forma diferente de chegar a esse resultado do que foi empregado na construção do universo como asism o conhecemos em slow-motion e com direito a reprises dominicais.
Por certo engenheiros tem esse quê de improdutividade contraditória em uma ironia lasciva, já que tudo que eles mais querem é produtividade, e poupar tempo/trabalho que seriam melhor gastos fazendo outra coisa qualquer - que a julgar pela maioria dos engenheiros, seria tentar automatizar outra coisa pra ganhar tempo, e assim sucessivamente em uma espiral autofágica risonha e serelepe.
Me considero também extremamente humano. Há quem diga que faço Direito, inclusive. Essas verdades profundas são compatíveis com essa constatação? Pode a busca pelo humano ser negligenciada pela busca de sua própria satisfação, ou é um trabalho que se auto-justifica a si próprio em sua própria ação? (Aprendi com a experiência que pleonasmo pouco é bobagem)

Direito geralmente não rima muito com conhecimento profundo, então espero atingir ao menos uma fatia razoável de compreensão desse mundo todo repleto de alegria algum dia. Até lá, vou continuar explicando coisas que poderiam ser ditas em uma frase, em horas e horas. Mas já dizia Flaubert - isso, agora o ápice pseudo, uma citação francesa! - não tenho tempo pra escrever tão pouco. Mesmo assim, acho que sou prolixo.

quinta-feira, julho 06, 2006

Ouça isso enquanto acompanha:

Stillness of Heart - Lenny Kravitz
Sweet Child O'Mine - Sheryl Crow
Carla - LS Jack
O Segundo Sol - Cássia Eller

Avril Lavigne - Knockin' On Heavens Door
Jota Quest - Só Hoje
Diana Krall - I've Got You Under My Skin
Ivete Sangalo - Somente Eu e Você

Mariah Carey - Bringin' On the Heartbreak
Milton Nascimento - Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor
Norah Jones - Don't Know Why
Kid Abelha - Nada Sei "mp3"

Busta Rhymes & Mariah Carey - I Know What You Want
Capital Inicial - Como Deveria Estar
Eminem - Sing For The Moment
CPM22 - Dias Atrás

^^

[]s
W.A

A lenda



Estou sumido, com a cabeça na lua. Espero voltar em breve.

segunda-feira, julho 03, 2006

o "Bendito Sea" do post anterior.



Merece.

domingo, julho 02, 2006

Sem pocotó!



Eu sinceramente acredito nisso.

sábado, julho 01, 2006

Eu ainda acredito no "joga bonito".

Bendito Sea

"Bendito sea el mundial con que soñamos
Bendito cada nombre que ha sido designado
Bendito los pibes que siempre sacamos
El peso de la historia, el respeto ganado
Maldito sean los recuerdos dolorosos
Maldita la impotencia, la injusticia que vivimos
El volvernos a casa cada uno por su lado
Las finales sin jugar y quedarme en el camino
Bendita la anestesia general a los dolores
La tristeza que curamos con abrazos
Las gargantas que se rompen por los goles
El sentirnos los mejores por un rato
Malditos los sorteos y los grupos de la muerte
Los controles sin azar que asignaron nuestra suerte
Malditos los mezquinos que juegan sin poesía
Los que pegan, los que envidian, los que rompen y lastiman
Bendito sea el orgullo con el que entramos a la cancha
El potrero y la pelota no se machan
La tv que repite la gambeta
Inflar las redes de los otros, inflar el pecho de los nuestros
Merecer la camiseta
Los turistas, los cronistas, los sponsors, los amigos, el himno
y las mujeres siguiendo los partidos
Bendita las cabalas que dan resultado
Las risas y el llanto que guardaremos tanto
Y bendito ese momento que nos regala el fútbol
De poder cambiar nuestro destino
Y sentir otra vez y frente al mundo
Lo glorioso y lo groso de ser argentino!"

- Propaganda da Quilmes, patrocinadora da Argentina

"Na copa do mundo show é ganhar" - Carlos Alberto Parreira

"Ainda bem que ele morreu antes de ver isso" - Gabriela, minha prima, sobre Bussunda

E eu ainda acredito na arte e na poesia do futebol. Joga-se 80% do time fora, contrata um técnico de verdade e de coragem, e é hora de recomeçar de novo. Pra reaprender a jogar bonito.

Eu torço por Portugal ou Alemanha. O primeiro por Felipão e por não ter ganho ainda, o segundo por ter sido o time com mais coração nessa copa. Copa de futebol ruim, times covardes, arbitragens oscilantes e, o mais terrível, sem zebras. Ninguém pode se escusar de suas responsabilidades ;)

Não tomem conclusões apressadas


Então, os hermanos estão fora e tal, os italianos ganharam apertado, os argentinos perderam, os alemães ganharam, quasimodo tevez voltou pra casa, lehmann é um goleirão e tal...

Mas sabe aqueles dias especiais? O dia 30 de junho foi mais ou menos assim, e como a maioria desses dias, o foi sem nenhum motivo prévio e/ou aparente. Simplesmente foi um dia bom, um dia feliz. Não sei se foi por uma pessoa que me sugeriu - de uma forma bem performática, friso - que eu deveria me preocupar menos com as vicissitudes da vida, e isso realmente me trouxe uma melhora automática. Como eu não sou muito bom em dever de casa, fiquei matutando como esses momentos justificam tudo, tudo mesmo. Justificam 6x0 e 4x2 nos pênaltis, Dharma Corporation fabricando cereais matinais, Tom Cruise e a cientologia, Marxismo, Corrida presidencial brasileira em 2006. Tudo faz sentido, um só traçado na tela grande (em plasma) cinematográfica de la vie. Quantas cores, quantos amores, quanta vida.

Groovy.

"Daryl, I'm starting to sound like you"¹- Setzer Gabbiani

¹ - Se não entendeu você pode ou perguntar a mim ou ao Google o que eu quis dizer com isso. Já vou adiantando que o Google (ou até a Wikipedia) são mais solícitos.

Trecho, de Vinícius de Moraes

Quem foi, perguntou o Celo
Que me desobedeceu?
Quem foi que entrou no meu reino
E em meu ouro remexeu?
Quem foi que pulou meu muro
E minhas rosas colheu?
Quem foi, perguntou o Celo
E a flauta falou: Fui eu.

Mas quem foi, disse a Flauta
Que no meu quarto surgiu?
Quem foi que me deu um beijo
E em minha cama dormiu?
Quem foi que me fez perdida
E me desiludiu?
Quem foi, perguntou a Flauta
E o velho Celo sorriu.

Pausa para os trailers