quarta-feira, janeiro 31, 2007

kind of romantic comedy

Nunca fui de cultuar trilogias, atores, diretores. Seja aquilo que Hollywood em sua egomania de Midas "ourifica" ao custo de milhões de dólares, ou o que ditam as modinhas indie/cult. Digo isto para tentar isentar esse post de parcialidade, muito embora... Bem...

Enfim, não é só porque eu curti muito Oldboy, do Chan-wook Park, que me empolguei para ver a nova película escrita e dirigida pelo cara.

Claro, foi o nome que me fez clicar no link, mas saca só esse material do filme, cuja história, numa linha, é de uma garota que pensa que é um ciborgue de combate e, indo parar no sanatório, se envolve com um outro não muito normal que pensa ser capaz de roubar as almas das pessoas.



No site, que é muito bom, tem mais sobre o filme e os protagonistas. Detalhes divertidos da personalidade de cada um, como o fato da garota não se alimentar, mas sim se "carregar" com baterias, e o cara ser viciado em pingue-pongue. Mas parei na segunda página do "livro" (vide site) pra não tirar a graça do filme.

Espero que pelo menos saia no circuito de cinemas alternativo, ou disponibilizem fácil em torrent, e com legendas, por favor!

UPDATE

Ah, o nome o filme: "I'm a cyborg, but that's ok"

terça-feira, janeiro 23, 2007

Retratos da UFRN - Malvados


segunda-feira, janeiro 22, 2007

Amargas ou doces falácias

Hoje encontrei na internet um site *muito* bom. Muito mesmo. O endereço é http://www.fallacyfiles.org/, e se dedica a analisar, classificar e comentar aquelas ferramentas que são as melhores amigas do populismo, da demagocia, ou simplesmente da insensatez e dos argumentos ridículos que nem uma mesa de bar merecem.

Eis que, curiosamente, no mesmo dia encontro a seguinte notícia, seguida dos comentários:

Passageiro não embarca por causa de camisa contra Bush; comente

Allen Jasson foi proibido de embarcar em um vôo da companhia australiana Qantas por usar uma camisa com a imagem do presidente dos EUA, George W. Bush, e a frase: “terrorista número um”. Jasson já tinha passado pela mesma experiência em dezembro do ano passado.

Ele estuda a possibilidade de processar a empresa aérea por impedir o exercício da liberdade de expressão. A Qantas diz que "os comentários que possam ofender outros clientes ou ameaçar a segurança nos aviões do grupo Qantas não serão tolerados, sejam verbais ou por escrito".

O que você acha da decisão da companhia aérea?


Agora, vejam a qualidade de comentários que somos forçados a aturar nessa internet sem porteira:

[Nilson de Souza Rodrigues] [Pres. Prudente-SP- Brasil]
Dentro de um avião existem normas a se respeitar. Em primeiro lugar a segurança dos passageiros e do próprio vôo. Comentários ofensivos, estampas ofensivas a quem quer que seja devem ser proibidos, justamente por ofender outros passageiros que pensam de forma diferente, havendo o risco real de agressões físicas e morais. A Cia.Aérea está certìssima.

[Cíntia] [Fortaleza CE Brasil]
Estamos vivendo sob a ditadura do Bush. Quem ainda não percebeu deveria começar a se preocupar. Será pior que o nazismo em dimensões, controlará o mundo, e em número de mortos. Só não vê quem não quer. E tudo é feito em nome da democracia e da liberdade.

[JOSÉ CARLOS DANTAS] [STO ANDRÉ, SP, BRASIL]
ESTÁ CORRETO, FALTOU RESPEITO PELA AUTORIDADE, POIS TODA AUTORIDADE VEM DE DEUS, LOGO ESTE INDIVIDUO NAO RESPEITO NO QUE DEUS DISSE.

[guilherme] [sao paulo-brasil]
tem q proibir mesmo este idiota. poderiamos colocar a mae dele em uma camiseta. ele gostaria|??
[JOSÉ CARLOS DANTAS] [STO ANDRÉ, SP, BRASIL]

[Filipe] [Madri]
Queria saber se eles barrariam alguém que estivesse vestindo uma camisa com os mesmos dizeres mas com a imagem de Bin Laden ou de Sadã Hussein. Por que não se pode, como forma de protesto, camisas com a foto de Ariel Charon, Menaém Begin, Putim, Lênin, Estálin etc. além da de George Bush?

[Gilberto Pirolo] [Ourinhos SP Brasil]
Apesar de concordar com o passageiro acho a atitude da Cia Aérea correta por defender sua tradição,pois poderia gerar polêmica e con fusão dentro do avião.

[claudeonor] [araçatuba-sp-brasil]
DE CERTO MODO A EMORESA ESTÁ CORRETA.TODO CUIDADO É POUCO EM QUESTÃO DE SEGURANÇA.

[Joe Doe] [Sao Paulo, SP Brazil]
Embora liberdade de expressao seja permitida, embora eu nao goste do estilo do George Jr. O passageiro queria se exibir e ganhou o que merecia.

[mario] [sao paulo]

logico que a companhia esta certa, essa sujeito é um idiota

[joao cesar] [joao pessoa-paraíba brasil]

Inaceitável, pois as pessoas tem direitos a se expressar como convier, esse Bush é o novo Hitler moderno que nos levará a Terceira Guerra mundial.

Conclusão: Analfabetismo funcional é um problema nacional.

link da reportagem aqui

sábado, janeiro 20, 2007

A Consciência de Classe do Proletariado Revolucionário

Neste artigo democrático, demonstrarei como o proletariado desperta sua consciência de classe para executar a Revolução Comunista. Karl Marx, em nosso (e não "dele", pois tudo o que existe no mundo é do Povo) livro O Capital, explica que, quanto mais o proletariado for explorado pela burguesia, mais vai tomar consciência de seu papel histórico transformador da sociedade.

Ou seja, a consciência de classe do proletariado é despertada por sua exploração pela classe burguesa. Isso acontece porque o proletariado é a classe escolhida para fazer a Revolução. Logo, como o proletariado é a classe naturalmente revolucionária, é também a classe explorada. Sendo a classe explorada, é a classe que fará a Revolução. Q.E.D.

No trecho abaixo do Manifesto do Partido Comunista, Marx prova que só o proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária:
(...) só o proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária.
Sendo assim, a extração do produto do trabalho do proletariado pelos burgueses industriais levará a uma crescente organização e tomada de consciência de classe do proletariado, como mostrado no gráfico 1:


O gráfico demonstra que há um relacionamento íntimo entre a extração da mais-valia e consciência de classe proletária. É o mesmo tipo de correlação que vemos entre o surgimento de icebergs e a construção de navios, como mostra o gráfico 2:


Logo, assim como o mar reage ao surgimento de navios, o proletariado reage à exploração dos burgueses, engendrando a Revolução Socialista. A alienação dos trabalhadores estará terminada e os meios de produção voltarão para as mãos deles, assim como era no período pré-capitalista.

retirado do informativo da esquerda consciente, o Opinião Popular (http://opiniaopopular.blogspot.com/).

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Arte Moderna e Contemporânea para Jovens, Adultos e Crianças

99% dos cachorros não falam inglês


terça-feira, janeiro 16, 2007

O dia que mandaram na ONU


Internet awareness

Meme, Counter-meme

By Mike Godwin

It was back in 1990 that I set out on a project in memetic engineering. The Nazi-comparison meme, I'd decided, had gotten out of hand - in countless Usenet newsgroups, in many conferences on the Well, and on every BBS that I frequented, the labeling of posters or their ideas as "similar to the Nazis" or "Hitler-like" was a recurrent and often predictable event. It was the kind of thing that made you wonder how debates had ever occurred without having that handy rhetorical hammer.

Not everyone saw the comparison to Nazis as a "meme" - most people on the Net, as elsewhere, had never heard of "memes" or "memetics." But now that we're living in an increasingly information-aware culture, it's time for that to change. And it's time for net.dwellers to make a conscious effort to control the kinds of memes they create or circulate.

A "meme," of course, is an idea that functions in a mind the same way a gene or virus functions in the body. And an infectious idea (call it a "viral meme") may leap from mind to mind, much as viruses leap from body to body.

When a meme catches on, it may crystallize whole schools of thought. Take the "black hole" meme, for instance. As physicist Brandon Carter has commented in Stephen Hawkings's A Brief History of Time: A Reader's Companion: "Things changed dramatically when John Wheeler invented the term [black hole]...Everybody adopted it, and from then on, people around the world, in Moscow, in America, in England, and elsewhere, could know they were speaking about the same thing." Once the "black hole" meme became commonplace, it became a handy source of metaphors for everything from illiteracy to the deficit.

By 1990, I had noticed, something similar had happened to the Nazi-comparison meme. Sure, there are obvious topics in which the comparison recurs. In discussions about guns and the Second Amendment, for example, gun-control advocates are periodically reminded that Hitler banned personal weapons. And birth-control debates are frequently marked by pro-lifers' insistence that abortionists are engaging in mass murder, worse than that of Nazi death camps. And in any newsgroup in which censorship is discussed, someone inevitably raises the specter of Nazi book-burning.

But the Nazi-comparison meme popped up elsewhere as well - in general discussions of law in misc.legal, for example, or in the EFF conference on the Well. Stone libertarians were ready to label any government regulation as incipient Nazism. And, invariably, the comparisons trivialized the horror of the Holocaust and the social pathology of the Nazis. It was a trivialization I found both illogical (Michael Dukakis as a Nazi? Please!) and offensive (the millions of concentration-camp victims did not die to give some net.blowhard a handy trope).

So, I set out to conduct an experiment - to build a counter-meme designed to make discussion participants see how they are acting as vectors to a particularly silly and offensive meme...and perhaps to curtail the glib Nazi comparisons.

I developed Godwin's Law of Nazi Analogies: As an online discussion grows longer, the probability of a comparison involving Nazis or Hitler approaches one.

I seeded Godwin's Law in any newsgroup or topic where I saw a gratuitous Nazi reference. Soon, to my surprise, other people were citing it - the counter-meme was reproducing on its own! And it mutated like a meme, generating corollaries like the following:

  • Gordon's Restatement of Newman's Corollary to Godwin's Law: Libertarianism (pro, con, and internal faction fights) is the primordial net.news discussion topic. Any time the debate shifts somewhere else, it must eventually return to this fuel source.
  • Morgan's Corollary to Godwin's Law: As soon as such a comparison occurs, someone will start a Nazi-discussion thread on alt.censorship.
  • Sircar's Corollary: If the Usenet discussion touches on homosexuality or Heinlein, Nazis or Hitler are mentioned within three days.
  • Van der Leun's Corollary: As global connectivity improves, the probability of actual Nazis being on the Net approaches one.
  • Miller's Paradox: As a network evolves, the number of Nazi comparisons not forestalled by citation to Godwin's Law converges to zero.

In time, discussions in the seeded newsgroups and discussions seemed to show a lower incidence of the Nazi-comparison meme. And the counter-meme mutated into even more useful forms. (As Cuckoo's Egg author Cliff Stoll once said to me: "Godwin's Law? Isn't that the law that states that once a discussion reaches a comparison to Nazis or Hitler, its usefulness is over?") By my (admittedly low) standards, the experiment was a success.

But its success had given me much to reflect on. If it's possible to generate effective counter-memes, is there any moral imperative to do so? When we see a bad or false meme go by, should we take pains to chase it with a counter-meme? Do we have an obligation to improve our informational environment? Our social environment?

But this power to do good may also be a power to do ill. Anyone on the Net has the power to affect stock prices. (Or worse: a fraudulent re-creation of the Tylenol-poisoning scare could cause a national or international panic.) And viral memes are capable of doing lasting damage.

While the world of the Net is filled with diverse critical thinkers who are ready to challenge self-indulgent or self-aggrandizing memes, we can't rely on net.culture's diversity and inertia to answer every bad meme. The Nazi-comparison meme has a peculiar resilience, in part because of its sheer inflammatory power ("You're calling me a Nazi? You're the Nazi in this discussion!") The best way to fight such memes is to craft counter-memes designed to put them in perspective. The time may have come for us to commit ourselves to memetic engineering - crafting good memes to drive out the bad ones.

Otherwise, plus ça change, plus c'est la meme chose.

http://www.wired.com/wired/archive/2.10/godwin.if.html


segunda-feira, janeiro 15, 2007

Flashes (II)

* * * * * * * * * * * *

QUOTE OF THE DAY

"I haven't met him yet, but I might just put him in my next Rambo film and chase him round the jungle for a couple of months" - Sly Stallone lays out his plans for David Beckham's career break. Well, anything's better than sitting around the house with Posh.

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Flashes (I)

Selo de qualidade

OAB recomenda 87 cursos de Direito em todo o país

* Rio Grande do Norte:

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal


É dura a vida da UnP...

Spam nosso cada dia nos dai hoje.

Todo mundo recebe spam. Na pior das hipóteses já recebeu spam. Sempre tem aquelas histórias apocalipticas-proféticas ou as conspirações malucas. Tem até pedido de ajuda pra criança sumida e ditador perdido na áfrica. Há mais de um ano eu recebo, pelo menos, uns 10 spams por dia. Não sei porque cargas d'água isso acontece. Não sei quem foi o cretino que vendeu meu e-mail, e espero mesmo que ele morra com muita dor. Então, permeado por essa ojeriza reticente, gostaria de compartilhar com vocês um spam típico, de uma variação que é a nova moda do verão, que eu carinhosamente apelido de "Quem liga pra viagra e ações, se você pode ter fotos de celebridades?". Percebam o lirismo e captem as entrelinhas.

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Tocante, não? O âmago da alma humana é mesmo impressionante...

domingo, janeiro 14, 2007

Information wants to be free!


sábado, janeiro 13, 2007

Se não bastava Pellet

A central question for each secretary general has been the extent to which he (all have been men) could pursue a path independent of the member states that appointed him. An earlier Russian critic of the secretary general, Nikita Khrushchev, dismissed the very idea of a truly international civil servant embodying "political celibacy." Hammarskjöld, in articulating his vision of precisely such an individual, archly suggested that it was possible to be politically celibate without being politically virgin.
Mais uma pra galeria de metáforas bizarras, porém extremamente didáticas.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Pra não dizerem que não falei na Cicarelli

Não podia deixar de ganhar atenção com o ocorrido - como todo mundo do país - então deixo, com vocês, a justiça:

DECLARAÇÃO DE VOTO DIVERGENTE - Desa. Maia da Cunha

Tutela antecipada. Pedido de retirada de filme exibido em site mantido pelas agravadas ao fundamento de violação ao direito de privacidade e imagem. Inadmissibilidade. Ausência da prova da verossimilhança se o filme é verdadeiro e apenas reflete as cenas explícitas de beijos, abraços e carícias, protagonizados pela modelo Daniela Cicarelli e seu namorado numa praia pública e badalada da costa espanhola. Direito à imagem que tem como princípio informador, em especial quando se trata de pessoas públicas, a própria conduta do protegido, não sendo juridicamente razoável vislumbrar o direito constitucional desvinculado por completo do primeiro parâmetro que é o fornecido pela conduta dos que não tiveram nenhum cuidado com a própria imagem, intimidade e privacidade. Ausência do risco de dano irreparável porque eventual violação poderá ser traduzida em perdas e danos. Presença da internet e do direito à informação que não podem ser olvidadas na discussão dos relevantes temas envolvidos. Antecipação de tutela bem indeferida em primeiro grau. Recurso improvido.

Insurgem-se os agravantes contra a r. decisão que indeferiu a antecipação de tutela para retirar dos sites das agravadas o filme contendo a gravação das cenas amorosas que protagonizaram na famosa praia de Tarifa, na costa da Espanha, aduzindo que a sua manutenção fere direitos da personalidade (privacidade, imagem, intimidade) e viola os arts. 220, § 1o, e 5o, X, da Constituição Federal, bem como os arts. 12 e 21 do Código Civil de 2002, já que o fato de ter sido feito em local público não autoriza a publicidade sem consentimento.

O digno Magistrado prolator da r. decisão agravada indeferiu a antecipação de tutela ao fundamento principal de que a captação de imagem de banhistas em cenas ousadas de carícias e beijos em público não constitui ato ilícito capaz de justificar a tutela pretendida.

O digno desembargador relator concede a antecipação de tutela ao fundamento primordial de que, malgrado o filme se tenha feito em local público, fere o direito de imagem e privacidade dos autores a veiculação desprovida de autorização, discorrendo longamente sobre o tema com apoio em doutrina e jurisprudência que entende aplicáveis sobre direitos à privacidade, imagem e intimidade.

Ouso, com a devida vênia, discordar do entendimento deduzido pelo digno desembargador relator.

Faço-o, lembrando, de início, que os meus fundamentos terão o cuidado de não ingressar prematuramente na análise do mérito da ação indenizatória, cujo julgamento somente se deverá dar na r. sentença, ocasião em que terá o digno Magistrado prolator da r. decisão agravada maiores e melhores condições de avaliar os relevantes motivos jurídicos que envolvem o problema.

De todo modo, em se tratando de antecipação de tutela final, é inevitável que se avance um pouco sobre o mérito, mas apenas o indispensável a que se possa concluir pela prova ou não da verossimilhança das alegações ligadas à antecipação pretendida.

Pois bem.

Não encontro a prova da verossimilhança das alegações que se destinam a obrigar as agravadas a retirar das suas páginas eletrônicas o filme em que estão retratados alguns minutos de gravação contendo os autores em apaixonada troca de carícias, beijos e abraços que terminaram num sensual banho de mar.

Cabe lembrar que os temas de direito não podem ser discutidos sob ótica que não seja absolutamente contemporânea aos tempos vividos, em que a velocidade da internet se somou aos demais meios de comunicação social, e, inegavelmente, pela velocidade, com grande supremacia em termos de veiculação de fatos de interesse geral da coletividade. A rede mundial que compõe a internet traz à lume toda a modernidade dos novos tempos, mostrando instantaneamente os fatos e os acontecimentos públicos havidos em qualquer parte do planeta, na mais perfeita demonstração de que o homem, no que se refere à informação avançou de modo inexorável para o Século XXI.

A análise de qualquer direito fundamental que não considere este novo veículo de comunicação será inadequada como forma de traduzir o também novo sentimento jurídico acerca de qualquer tipo de censura ligado às empresas nacionais que mantêm páginas na internet, esta maravilhosa rede de computadores que encurtou todas as distâncias, que fez o tempo passar tão velozmente a ponto de o furo de reportagem da manhã estar envelhecida no começo da tarde, e em que o mundo, com os seus fatos importantes e de interesse geral da sociedade, aparece a um clique na tela do computador pessoal de cada cidadão.

Ignorar esta realidade poderá conduzir, não raro, a uma decisão judicial absolutamente inócua, quase surreal, porque enquanto o mundo todo já viu as imagens e leu as notícias (inclusive guardando-as em seu computador pessoal os que as colecionam), e que continuam espalhadas em incontáveis outros sites pelo mundo a fora, acessíveis a qualquer brasileiro, censura-se um provedor brasileiro de manter na sua página eletrônica o que todo mundo já viu e que o mundo inteiro continua mostrando.

Nesse contexto novo, não se pode cogitar de direito à privacidade ou à intimidade quando os autores, apesar de conscientes de serem figuras públicas, em especial a modelo Daniela Cicarelli (e quem a acompanha evidentemente não ignora o fato), se dispõem a protagonizar cenas de sensualidade explícita em local público e badalado como é a praia em que estavam, uma das que compõem o que se poderia chamar de riviera espanhola, situada na Costa da Andaluzia, no município de Cádiz.

Pessoas públicas, cuja popularidade atrai normalmente turistas e profissionais da imprensa em geral, particularmente os conhecidíssimos “paparazzi” da Europa, não podem se dar ao desfrute de aparecer em lugares públicos expondo abertamente suas sensualidades sem ter a consciência plena de que estão sendo olhados, gravados e fotografados, até porque ninguém ignora, como não ignoravam os autores, que hoje qualquer celular grava um filme de vários minutos com razoável qualidade.

quarta-feira, janeiro 10, 2007


Summer rant.

Haja vista que meus pais frustraram a minha única alternativa viável de diversão durante as férias - um videogame novo - estou aproveitando minhas primeiras férias na época certa em anos (esse ano a greve não veio) basicamente não aproveitando nada. Doravante, só me restam fazer comentários ranzinzas sobre o quanto TODO MUNDO no MUNDO aproveita as férias melhor que eu.

Pra começo de conversa, meu melhor passatempo nessas férias vai ser justamente o que ninguém quer fazer nas férias: TRABALHAR.

Depois do meu Reveillon bombástico, as perspectivas pra 2007 brilham como uma careca de burocrata.

E vejam vocês, nem atualizar seu blog-pseudo-favorito eu posso direito, já que nem a bisca do PC tá funcionando direito.

Ah, se eu tivesse uma redação "minhas férias", a professora ia ficar de cabelo em pé, ah, se ia...

sábado, janeiro 06, 2007

Ultrasônico

"Eu fazia isso quando era jovem"

De vez em quando me saio com uma dessas, geralmente sob indignação dos mais velhos no recinto. Mas ora, eu me sinto assim. Pelo menos de alguma forma. Mais velho, mais quadrado... Enfim, essa baboseira toda é só pra mostrar que há uma esperança. Você consegue ouvir isso? Sim? Então você é jovem. Olha só que bacana.

E que inutilidade. US$2.49. A Sony além de fazer um filme ruim desses (eu não assisti, mas confiem, é uma m****) ainda tem coragem de vender uma porcaria que com 10 minutos Goooooooooogle você acha de graça.

É isso. Pra quem pensava que eu tinha desaparecido no Japão, tô aqui, de volta. Casa. Ainda bem... Errrrr... Tá vendo?! Querer ficar em casa. Coisa de velho.