quinta-feira, setembro 28, 2006

Conhecimento é poder

Hmmm...

quarta-feira, setembro 27, 2006

Plantão Jornalístico

Marilyn Manson Now Going Door-To-Door Trying To Shock People

The Onion

Marilyn Manson Now Going Door-To-Door Trying To Shock People

OVERLAND PARK, KS-Shock rocker Marilyn Manson has been touring suburbia in a last-ditch effort to shock Americans.


Vox Populi II

Wednesday, September 27, 2006

More TVs Than People

The average American home now contains more televisions than people. What do you think?

Old Woman

Danielle Prediger,
Systems Analyst
"Does that include the people on the televisions? Because they are just as much a part of my household as my children."

Black Man

George Riley,
Furrier
"Are you sure that report wasn't talking about books? I could see that being the case with books. As a nation, we love to read."

Young Man

Lionel Kelley,
TV Repairman
"As a TV repairman and serial killer, I feel partly to blame for this problem."

(retirado do jornal The Onion)


Pela união dos seus poderes


Obrigado a todos que participaram, a cidade mais uma vez foi salva! ;)
ps. o melhor da foto é o fotógrafo ;P

"Na copa de 70 quem jogou foi o 10"



Eu realmente acho que isso não seja voto de protesto, mas voto de opção mesmo! Um candidato pequeno que representa um segmento específico... Teria meu voto, uma pena que não é daqui ;P

terça-feira, setembro 26, 2006

Um certo tipo de milagre.

Após não sei quanto tempo, atualizei o Riverside com...

Uma pequena homenagem que faço a todos que - inadvertidamente - admiro. Espero que vocês saibam disso, até porque não seria indelicado o bastante para citar nomes ;)

Diferença
por Wagner Artur


Ele nunca quis ser quem é, e o que é, o é sem esforço. Começou meio sem jeito, como quem não quer nada. Um dia não mais. Quem sabia dizer o motivo? Nem ele nem ninguém. Começou assim, um ser inconsequente, sendo só o que bastava, sem ser nada pra amanhã. Sabia só o ontem. Seguiu assim o quanto pôde. Sei que outro dia já era outro, e uma vez percebido, não era mais o mesmo. O que houve não sei, já disse, só sei que foi sem querer. Como sei? Sei de conhecer. Sei que se é e se muda, se cresce, se morre e se vive. Eu sei das coisas, te digo. Sei que nada mudou. Todo mundo vê. Mas sei que tudo mudou, e sei que todo mundo sente. Não sei se ele sabe o que eu sei, mas quem disse que faz diferença? Não há canhões ou cavalarias que façam alguma, por quê faria alguma eu simplesmente saber? Se perguntam como pôde, até esperavam que fosse outra coisa, mais às suas vistas, mais à maneira simples que todo mundo sabe como se faz. Mas às vezes eu penso que ele não tinha mesmo escolha. Ser assim, de um jeito que não o é, não é tarefa pra ser humano algum. Personagens trocam de máscaras enquanto dançam em um balé de cores e luz, mas a eles só é dada uma cena, enquanto ao ser é conferido toda uma eternidade pra sê-lo sem jamais esquecer-se quem é e sempre se perguntar até onde poderia ser. Ou talvez seja este o cálice dos ambiciosos. E que bebam a parte que lhes cabe. Assim, é muito mais simples pra uma personagem que mude e fique imortalizada como uma mudança eterna, que segue sempre aquele simplório riscado toda vez que é cantada. Mas ao ser humano não. O sentido é orgânico. O simples acidente de ser é mais denso, imprevisível, incompreensível. E nos assusta quando nos foge à razão. Acho que por isso o admiro. Quando é, o que sempre é, o que jamais deixou de ser, onde sempre quisermos chegar, se faz maior que o simples sentido do ser, que o tempo, que nosso sonho, se torna igual a mim e a você, ao mesmo tempo em que se perde no tempo como uma boa história de contar.

Eterno. Sem esforço.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Para todos nós que esquecemos a importância da liberdade de expressão

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.


Pra entender melhor o meu ponto, leia aqui.

XÔ mesmo. E se você acha que na sua terra isso não existe, essa política torpe, paternalista, oligarca, corrupta e afins, vide:

A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (PRE/RN) apresentou nesta quarta-feira uma representação contra o presidente da Assembléia Legislativa do RN, o deputado estadual e candidado à reeleição Robinson Faria (PMN), e seu filho, candidato a deputado federal, Fábio Faria (PMN), e o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN), o conselheiro Alcimar Torquato de Almeida. A representação pede aplicação de multa a Torquato, Robson e Fábio Faria, além da cassação do registro de candidatura ou do diploma do deputado estadual e seu filho.

De acordo com a representação, o presidente do TCE/RN e os dois candidatos praticaram conduta vedada em período eleitoral. Acompanhado pelo presidente do Tribunal de Contas, os candidatos utilizaram o avião do governo do estado, bem público, para viajar ao município de Pau dos Ferros (cerca de 400 Km de Natal), onde participariam do carnaval fora de época do município, o Carnapau.

No procedimento administrativo aberto na PRE/RN, ficou comprovado que, no dia 7 de julho de 2006, o avião decolou do aeroporto Augusto Severo (Natal/RN) e aterrissou no campo de pouso do município de Pau dos Ferros (RN), onde acontecia o evento.

A legislação eleitoral proíbe que os agentes públicos, servidores ou não, cedam ou usem, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.

No caso, conforme destacou o procurador eleitoral auxiliar Ronaldo Sérgio Chaves Fernandes, "o uso da aeronave em questão pelos candidatos representados, por se tratar de bem público, afetou seriamente o princípio do tratamento equânime dos candidatos, pelo qual se assegura a igualdade de oportunidades entre os mesmo no pleito".

Segundo informações da PGE/RN, o Carnapau tinha o candidato Fábio Faria como um dos patrocinadores. Fotos do carnaval,fora de época, mostram o deputado estadual Raimundo Fernandes (PMN), no camarote, junto com Alcimar Torquato, Robinson e Fábio Faria.

O presidente do TCE/RN confirmou a viagem e alegou não ter sido notificado sobre a representação. O presidente da AL, também em nome do filho, disse aguardar a notificação para tomar conhecimento do teor da representação e se defender das acusações. link


XÔ Fábio Faria. XÔ Robinson Faria. XÔ Alcimar Torquato de Almeida. E mais: XÔ Felipe Maia, XÔ Henrique Alves, XÔ Walter Alves.

Vão criar vergonha na cara!

domingo, setembro 24, 2006

Perspectivas

João Vargas disse:

Segunda-feira, Setembro 11, 2006
Na Folha de São Paulo de hoje: "Descubra que tipo de ex você será se o casamento acabar."

There's something seriously wrong with the world.


Hoje vejo no jornal:

"Cicarelli passou dos limites com vídeo, diz Bruna Surfistinha"

What's wrong with this people?

Holy...



Juro que me senti precisando de uma vaga especial após ver isso...

Lutaremos à sombra


quinta-feira, setembro 21, 2006

E o dossiê de Serra?

Cicarelli vai processar quem divulgou vídeo e paparazzo


da Folha Online

Finalmente Daniella Cicarelli, 26, resolveu se manifestar sobre o vídeo que flagrou ela e o namorado, Renato Malzoni Filho, 33, conhecido como Tato, em cenas indiscretas numa praia espanhola. Segundo a colunista da Folha Mônica Bergamo, a modelo e o executivo preparam uma contra-ofensiva judicial pelo prejuízo sofrido com a veiculação das cenas.

O casal promete processar todos os sites, brasileiros e estrangeiros, e as revistas que veicularam as cenas --o objetivo é pedir indenização de "alguns milhões" por danos morais e materiais. Os advogados também preparam uma ação criminal contra Miguel Temprano, o paparazzo espanhol responsável pela gravação
.

Faço questão: link 1, link 2

Information warfare, liberdade de expressão é imprescindível!

Aonde vamos parar...

Recebi no e-mail uma newsletter com as maiores novidades da literatura contemporânea:

Eu juro que não é brincadeira minha :P










Depois Do Escorpiao
Samantha Moraes

De: R$ 24,00
Por: R$19,50
Mao A Historia Desconhecida
Jung Chang

De: R$ 70,00
Por: R$56,00
Lost Identidade Secreta
Cathy Hapka

De: R$ 29,90
Por: R$26,31
Por Que Os Homens Tem Tetas?
Mark Leyner

De: R$ 24,90
Por: R$17,43

Participe, apóie e divulgue!

Pessoal de Natal!

Façam sua parte pra melhorar o Brasil! Coloquem esse link no seus blogs, é clicar embaixo do áudio no "Powered by Odeo", e lá na página copiar o texto que tem na caixa "Put this Audio on your Web site" no seu blog, postando como texto normal. Faça sua parte pra moralizar as eleições, é sério!


powered by ODEO

quarta-feira, setembro 20, 2006

Alguém na ONU lê meu blog

Brasil cumpre 22% das metas antiescravidão
Estudo da OIT avaliou o Plano Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e constatou que, das 76 metas, 17 foram cumpridas, 35 foram parcialmente cumpridas e 20 não saíram do papel; outras quatro ficaram sem avaliação.


Captaram o recado ;)

Vox Populi

Wednesday, September 20, 2006

Pope Apologizes To Muslims

Pope Benedict has apologized for offending Muslims in a speech he gave in Germany last week. What do you think?

Old Woman

Nadine Fitzpatrick,
Operator
"Geez, I wonder what the Pope is like when he's not apologizing."

Black Man

Lyle Anderson,
Electrician
"Am I the only one who's surprised the Pope had to go back seven whole centuries to find a Catholic anti-Muslim quote?"

Young Man

Jim Farrell,
Systems Analyst
"The sad part is his apology came verbatim from the medieval text, 'How To Pacify The Savage Arab.'"

(retirado do jornal The Onion)


terça-feira, setembro 19, 2006

Yo-ho!

Arrr, good day, fellas, gar! Don't you know what's special in this lousy day? Today is Talk Like a Pirate Day! Take a mischievous peek right here, gar!

Unfortunately me have 4 tests this week, so i'll only be able t' talk like that next saturday ;/

Gimme the horizon, buccaneers!

segunda-feira, setembro 18, 2006

Até tu, ONU?

ONU-Brasil Boletim Diário nº 100

Olá, Wagner Artur Cabral

Você está recebendo as principais notícias do portal ONU-Brasil.

Clique aqui para saber mais.

OIT divulga na 4ª estudo sobre trabalho escravo
China e Índia ajudam mais que atrapalham AL (medo, muito medo)
Timor fará campanha em prol do desarmamento
Pobres devem aproveitar a 'janela demográfica'

e o melhor:

Brasil deve atingir meta de mortalidade infantil

"vamos meninos, façam logo a fila que o tempo corre e temos uma meta a cumprir. Isso, olhem todos pra lá que o tio vai dar bala pra vocês comerem!"

Video do Comitê das Nações Unidas de Combate à Tortura



Não é o que eu disse, mas bem que poderia ser.

Maldição!

Finalmente, tenho de me render à maldição a mim imposta por Daniel Levis. O medo me corrói a vida, e não consigo mais sair de casa sem saber se retornarei ao meu lar. In Verbis:
"...Devo postar no blog uma lista de 6 coisas que as pessoas não sabem sobre mim ou suportar um ataque de um coelho gigante com um tiro na cara, igual ao Donnie Darko, quando eu estiver lavando os cabelos de olhos fechados. Depois, tenho que repassar a praga para 6 blogueiros."
Como eu sei que com praga de internet não se brinca, eu tenho de fazer meu papel. Vou dizer minhas seis coisas e repassar a bomba, vocês que decidam se vão ser espertos e atender ao chamado negro da internet, ou vão se sujeitar a vozes fantasmagóricas te ligando e avisando com uma voz sussurrada "seven days". E claro, tem o coelho.

1 - Durante boa parte da minha infância - acho que o período entre 4 e 6 anos, ou seja, uma ETERNIDADE - meu sonho de consumo era uma bicicleta que tivesse um master system acoplado E voasse.

2 - Ainda durante a maior parte da minha vida - nesse caso entre os três e quatro anos, outra ETERNIDADE - eu sabia ler sem problemas, lia em voz alta sem problema nenhum, mas não pronunciava a letra L. Por exemplo, em vez de falar "Lata" eu simplesmente dizia "ata". Sob profundo escárdio da primalhada, eu me defendia dizendo que na minha cabeça eu dizia "Lata", não sabia o danado do motivo pelo qual eu tinha de falar também do mesmo jeito. Eventualmente descobri que comunicação serve basicamente de forma exterior ao meu corpo, então não fazia muito sentido eu usar pronúncias alteradas de palavras, já que ninguém entenderia.

3 - Quando eu morava em Apodi - mais um capítulo extenso de minha eterna infância - eu tinha como mascote um rato branco. Acho que o nome era Mickey, mas não tenho certeza. Se for isso mesmo demonstra que eu tinha bom-gosto desde pequeno.

4 - Durante TODA a minha vida eu soube diferenciar a esquerda da direita porque uma vez eu quebrei a unha de um dedo do pé esquerdo, enquanto jogava bola com um primo.

5 - Uma vez meu pai me levou juntamente com minha irmã pra visitar os parentes no interior, em Ipanguassu, cidade próxima a Assu, mais exatamente no distrito de Itajá, popularmente conhecido como Cuó. Após 10 porteiras e 6 casas de fazenda onde ninguém morava mais lá já que toda as famílias tinham morrido, eu disparei um comentário pelo qual sou criticado taté hoje: "Isso é o quê, um necrotério?". Eu acho que não tinha nem doze anos.

6 - Quando morava em Mossoró, minha casa tinha um quintal grande, onde geralmente fazíamos "clubinhos" com os primos que eventualmente passavam pro lá nas férias. Um dia eu tive uma idéia muito boa: eu faria um trajeto aproveitando a área bem arborizada, com frutos e tudo mais, abriria o portão e colocaria uma banquinha cobrando a entrada em alguns centavos, enquanto inventaria o nome praquilo, "Bosque Algumacoisa", um nome que eu precisava pensar bem. Quando começasse a ter muito dinheiro, eu compraria carrinhos, e contrataria guias pra fazer visitas guiadas e ordenadas, contando sobre a história das árvores, sua importância pra região e tudo mais. Os carrinhos seriam para levar os visitantes pelo percurso. Eventualmente eu teria ainda mais público e poderia aumentar mais o ingresso e incrementar a estrutura do ambiente. Planejei que inclusive, num espaço de uns cinco anos teria um parque temático. Mas aí fiquei com preguiça e fui assistir desenho.

Livrei-me da minha maldição! Agora a repasso para:

Mariana Vanucci
Stella Araujo
Suzana Cardoso
Guilherme Pereira
Mônica (isso, você mesma)
Érika Molinari

Ahá! agora vocês estão lascados!

Novidades importadas

Pessoas,

Durante os próximos meses teremos a presença especial do meu amigo e comparsa Daniel Batista, que está excursionando - a trabalho, verade seja dita - nas terras nipônicas, mais exatamente Nagoya. Pedi a ele que relatasse um pouco do seu cotidiano do outro lado do mundo, espero que gostem

Já adianto que ele escreve muito bem, e tem ótimo senso de humor.

Plantão urgente

Acabei de ver na TV a propaganda:

Publicado Edital no TJ-PE! $50 Vagas! IAP Cursos, os melhores professores "aguarda".

Sem as aspas, cortesia minha pra me escusar dessa vergonha.

Veja o nivel dos m***** que ensinam aos nossos bacharéis.

(que não sei se passam muito disso também...)

sexta-feira, setembro 15, 2006

Quotable Quotes

"A human being should be able to change a diaper, plan an invasion, butcher a hog, conn a ship, design a building, write a sonnet, balance accounts, build a wall, set a bone, comfort the dying, take orders, give orders, cooperate, act alone, solve equations, analyze a new problem, pitch manure, program a computer, cook a tasty meal, fight efficiently and die gallantly. Specialization is for insects." - Robert Heinlein

"Vision is where tomorrow begins, for it expresses what you and others who share the vision will be working hard to create. Since most people don't take the time to think systematically about the future, those who do, and who base their strategies and actions on their visions, have inordinate power to shape the future." - Burt Nanus

A primeira cortesia de Mônica-casca-de-noz, a segunda achei por aí.

Rock DJ!


Didn't we?


quinta-feira, setembro 14, 2006

Como fazer um Twix gigante?

Visite the mothafuckin' twix from hell. E me mande um pedaço ;P

quarta-feira, setembro 13, 2006

Uma mão lava a outra

Realmente, é o melhor amigo do homem, mais até que o próprio homem. Indicado - sem que ele autorizasse a utilização de seu nome que talvez me traga algum perdido no Google - por André Dahmer. Vide.

Ah, se sesse...


terça-feira, setembro 12, 2006

Talk about 9/11 - Epílogo

Tenho certeza que alguém vai ler o meu comentário e vai dizer que eu sou um-alienado-que-não-se-importa-com-as-atrocidades-estadunidenses. É exatamente desse tipo de ignorância que eu estava falando. Aquela que faz um ser humano ser capaz de criticar uma pessoa chorando antes de lhe estender a mão, num misto de vendetta e catarse. E isso me lembra meu quarto pensamento.

Minha quarta sensação, no contexto do onze de setembro foi que aquilo tudo não passava de uma farsa.

Até hoje acho que isso é possível, sem querer dar o braço a torcer pra todos os teóricos da conspiração. Mas mesmo se fosse, e toda a dor fosse um circo sádico, ainda assim, a dor seria verdadeira, e o sofrimento ainda seria humana.

E a ignorância ainda seria intolerável.

Talk about 9/11


"Taken in Willamsburg on 9/11. The man fishes. For him life goes on. When I approached him, he picked a fish he had caught and said in heavy Polish accent "Look, Red Snapper" Then I thought he was crazy. Now perhaps I think he was far wiser than me."

Aaron Levene, Image #2805, The September 11 Digital Archive, 7 September 2005, .

Talk about 9/11

Pra mim a data do onze de setembro é um dos dias mais importantes do ano, quase um feriado. E se o primeiro de maio é o dia do trabalho, dia 11 de agosto o dia do advogado, o feriado de 11 de setembro é o dia da ignorância.

Desnecessário dizer o impacto pra cultura ocidental, e por conseguinte pro mundo inteiro, do evento, então vou pular essa parte. Em 2001 eu ainda cursava o pré-vestibular, e em um dos meus tradicionais atrasos pra aula eu via pela tv a imagem do WTC exalando aquela fumaça preta. Vim pro colégio - a uma quadra do meu apartamento na ocasião - e fui com uns amigos pra o auditório, onde ficamos assistindo o desenrolar da situação pela tv. Acho que não tivemos aula no dia, não lembro o que aconteceu direito. Eu admito que meu primeiro pensamento foi de medo, algo extremamente não-verbal. O segundo pensamento foi mais ou menos: "finalmente uma terceira guerra mundial, finalmente algo de agitado pra animar a vida". o terceiro pensamento foi algo como: "como é vibrante presenciar o decurso da história".

Curiosamente, naquela época meu pensamento também era diametralmente oposto ao de hoje, e quando meus amigos perguntavam minha opinião sobre o ocorrido, eu dizia:

1 - Eles até saíram no lucro, isso já era pra ter acontecido antes.
2 - É agora que os EUA transformam o mundo todo em quintal...
3 - Legal, nunca tinha caido nem uma granada antes nos EUA!

E não é que eu retire qualquer uma dessas afirmações - que por sinal foram frias e recheadas de humor negro ao ponto de me render o apelido de anticristo por algum tempo ;P - mas é que simplesmente meu ponto hoje é outro. Talvez seja verdade o que dizem que eu me movo mais pela desconstrução do que pela construção, então seja mais fácil pra mim contestar que construir. Assim, se eu defendo uma opinião minha com um vigor X, eu questiono uma posição com vigor dez vezes maior. De qualquer forma, eu vim a crer que mais triste e degradante que a situação intrincada montada pelos EUA que em tese fomentou o ódio internacional, é o fato de que o mundo resolveu passar por cima dos seus valores éticos pra chutar em bêbado caído.

E quando eu penso nisso, eu penso imediatamente em milhares de pessoas que dizem: "eu acho é pouco, eles são um povo burro/explorador". "abaixo a dominação de BUSH, do capital e do FMI". "Viva a ofensiva dos terroristas palestinos que apenas exercem seu direito de se defenderem!". Praticamente que a Al-Qaeda é o Davi que finalmente vai derrotar Golias.

Mas que não se pense que é uma realidade pública assim não. Não é que as pessoas comecem a ir aos jornais ou que o editorial do Jornal Nacional vá falar que foi bem-feito. Não, pra inglês ver todo o país ficou extremamente compungido, todos comentaram a tristeza e a dor de tantas mortes. Mas logo em seguida vinha um engraçadinho pra dizer com seu sorriso zombeteiro que era bem-feito, e sequer gerar polêmica, porque tudo mundo acha isso mesmo.

Então, ainda mais vergonhoso que não ter a compaixão e humanidade - eu sei que esse termo é forçado, mas a situação pede - pra deixar os outros sofrerem em paz, ainda falta a INTEGRIDADE e a CORAGEM - aqui termo usado não no sentido ativo, mas no passivo mesmo, não é você ter coragem pra matar um leão, mas você não ter a matéria de que é feita coragem, a fibra, ou no popular, os culhões - de assumir suas idéias.

Então ficam todos - e faço questão de me incluir fora dessa - apontando com uma mão rota e escarnecedora, desdenhando o vizinho, pois ele tem a grama mais verde, a casa mais bonita, e portanto, não tem o que reclamar. Ele já bateu em toda a vizinhança, nada mais normal que alguém bata nele. Isso se chama reciprocidade. Isso se chama olho por olho, dente por dente.

Isso se chama a barbárie. Um mundo sem Direito.

Me parece contundente a imagem de pessoas chorando e velando seus mortos com cerimoniais e toda a pompa. Enquanto isso, no Brasil, as pessoas mal lembram da ditadura. Quando estive em Buenos Aires, em frente à Faculdade de Direito existe uma ponte, que atravessa a Av. del Libertador, que tem inscrita sobre si o nome de todos os estudantes de Direito que morreram combatendo a ditadura. Eu não sei nem se algum estudante da minha faculdade morreu combatendo a nossa ditadura, sei que tenho professores sequelados por ela, e o nosso prédio histórico está em vias de ser doado pelo reitor pra virar uma escolinha de balé, pra ver se o Governo do Estado destrói o que não destruiu no prédio na primeira vez em que tomou conta.

E continuamos nas alcovas. E continuamos na margem. E ai de você se destoar. Não que alguém vá fazer um pronunciamento público, mas as alcoviteiras vão ter semana cheia. Ai de você se cometer uma loucura momentânea, milhares de bocas vão murmurar ao mesmo tempo sobre você, sua vida, seu passo e seu futuro. Altamente politicamente indesejável.

E o que mais me revolta, o ápice da mediocridade do meu povo, é conseguir ver a foto dos mortos, das famílias chorando a perda de seus familiares, e não ficar calados. E ainda assim trazer forças do último círculo do inferno pra dizer: "eu acho é pouco".

Cada povo tem o governo, a democracia e a tragédia que merece, e nossa tragédia é justamente essa, nada, pois não passa de um povo vazio.

Feliz ignorância para você.

Talk about 9/11

Editorial - New York Times

9/11/06

The feelings of sadness and loss with which we look back on Sept. 11, 2001, have shifted focus over the last five years. The attacks themselves have begun to acquire the aura of inevitability that comes with being part of history. We can argue about what one president or another might have done to head them off, but we cannot really imagine a world in which they never happened, any more than we can imagine what we would be like today if the Japanese had never attacked Pearl Harbor.

What we do revisit, over and over again, is the period that followed, when sorrow was merged with a sense of community and purpose. How, having lost so much on the day itself, did we also manage to lose that as well?

The time when we felt drawn together, changed by the shock of what had occurred, lasted long beyond the funerals, ceremonies and promises never to forget. It was a time when the nation was waiting to find out what it was supposed to do, to be called to the task that would give special lasting meaning to the tragedy that it had endured.

But the call never came. Without ever having asked to be exempt from the demands of this new post-9/11 war, we were cut out. Everything would be paid for with the blood of other people’s children, and with money earned by the next generation. Our role appeared to be confined to waiting in longer lines at the airport. President Bush, searching the other day for an example of post-9/11 sacrifice, pointed out that everybody pays taxes.

That pinched view of our responsibility as citizens got us tax cuts we didn’t need and an invasion that never would have occurred if every voter’s sons and daughters were eligible for the draft. With no call to work together on some effort greater than ourselves, we were free to relapse into a self- centeredness that became a second national tragedy. We have spent the last few years fighting each other with more avidity than we fight the enemy.

When we measure the possibilities created by 9/11 against what we have actually accomplished, it is clear that we have found one way after another to compound the tragedy. Homeland security is half-finished, the development at ground zero barely begun. The war against terror we meant to fight in Afghanistan is at best stuck in neutral, with the Taliban resurgent and the best economic news involving a bumper crop of opium. Iraq, which had nothing to do with 9/11 when it was invaded, is now a breeding ground for a new generation of terrorists.

Listing the sins of the Bush administration may help to clarify how we got here, but it will not get us out. The country still hungers for something better, for evidence that our leaders also believe in ideas larger than their own political advancement.

Today, every elected official in the country will stop and remember 9/11. The president will remind the country that he has spent most of his administration fighting terrorism, and his opponents will point out that Osama bin Laden is still at large. It would be miraculous if the best of our leaders did something larger — expressed grief and responsibility for the bad path down which we’ve gone, and promised to work together to turn us in a better direction.

Over the last week, the White House has been vigorously warning the country what awful things would happen in Iraq if American troops left, while his critics have pointed out how impossible the current situation is. They are almost certainly both right. But unless people on both sides are willing to come up with a plan that acknowledges both truths and accepts the risk of making real-world proposals, we will be stuck in the same place forever.

If that kind of coming together happened today, we could look back on Sept. 11, 2006, as more than a day for recalling bad memories and lost chances.


segunda-feira, setembro 11, 2006

Talk about 9/11


Talk about 9/11

Camisa de patinadores imita Guns N' Roses e aterroriza aeroporto

Logo igual ao do Guns causa furor em aeroporto
Logo igual ao do Guns causa furor em aeroporto
11 de Setembro de 2006

O jornal inglês The Register informou que os funcionários de segurança do Aeroporto Internacional de Birmingham, na Inglaterra, provocaram um grande quiproquó por conta de uma camiseta usada por Dave Osbourne, um jovem estudante de design.

A camiseta, retratada ao lado, é promocional do grupo Guns N' Rollers. Trata-se de uma liga de patinadores de corrida da cidade de Portland, Oregon, nos EUA. O logotipo do grupo é uma clara mensagem à fanfarrona e semi-extinta banda Guns N' Roses - com direito à estampa das duas armas de fogo cruzadas.

Osbourne esperava seu vôo para embarcara para Newark, a capital norte-americana do crime organizado, quando os guardas do aeroporto disseram que sua camiseta representava um risco de segurança e poderia incomodar os passageiros.

Pediram então que Osbourne vestisse a camiseta ao contrário. "Sou totalmente a favor de segurança extra", conta o jovem de 21 anos. "Mas isso é simplesmente estúpido". Os chefes do aeroporto pediram desculpas ao rapaz e assumem que os agentes de segurança exageraram na dose de cautela.

(retirado do cifraclub - www.cifraclub.com.br)

sexta-feira, setembro 08, 2006

Nathan Hughes - Glove



Um dia chego lá.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Santa ironia, Vincent!



Eu tentei ene vezes. Tentei ir ao show de Jack Johnson, tentei ver a preview de V de Vingança - com direito a frase com vinte palavras com a letra vê. Eu tentei ganhar coisa até em filme de terror, que eu não suporto assistir!

E o que acontece na primeira vez que eu ponho uma resposta qualquer sem nem pensar duas vezes?

Pelo amor da ironia suprema que a tudo governa, obtive minha redenção!

Momentos assim, tão pitorescos, dão um valor incompreensível à vida!

(será que eles vão me dizer qual foi a frase que eu usei, dessa vez nem eu lembro :P)

that day you do


Então,

Há dias que eu tenho coisas muito boas pra postar aqui. Cada dia tem seus respectivo mal e sua correspondente análise. Mas ocorre que ficar no pc tem me agradado cada vez menos, e não tenho mais coragem pra sair do meu quarto pra vir aqui digitar uma coisa, quando eu posso muito bem postergar até amanhã, ou até o deus-dará. Mas eventualmente chega um ponto no qual ou eu escrevo ou esqueço. Geralmente não custa nada esquecer, mas às vezes tem coisas que eu prefiro guardar.

Por algum motivo adverso, dia desses eu estava lendo sobre a história por trás da música "American Pie", do Don McLean. Quem gosta muito dela é João Paulo (Axé, Bahia!), e eu sempre achei uma música bacana que teve o azar e sorte de ter uma recebido versão de Madonna e Weird Al Yankovich. A música fala sobre o dia em que morram três grandes - e jovens - músicos no rock americano. Buddy Holly e outros dois que eu não lembro o nome - só sei que um deles escreveu La Bamba. A letra é enorme, e cheia de referências entrincheiradas. De deus ao diabo, todos tão lá. Dá uma sensação meio carpe diem, viva-sua-vida-cheia-de-juventude-antes-que-seu-avião-caia.

E mais uma apologia à música, claro.