sábado, novembro 11, 2006

A alegria das massas

“Se houver uma camisa alvi-negra/do Galo dependurada no varal, o atleticano luta e torce contra o vento” (R. Drummond)
Rapaz, hoje eu sou parte de uma massa muito feliz.

Meu time tá em primeiro lugar do Brasleirão, o América-RN parece que vai mesmo subir. O galo parece que vai levar mesmo a série B, e o Náutico e o Sport parecem que vão, junto com o Mecão fazer um bloco nordestino ano que vem na série A. O Lyon tá dando show na França, o Manchester tá liderando a Premier League. O Barça e o Real estão bem no espanhol, e minha única tristeza é ver o Milan sem se achar no Calcio.

Eu acho que meu gosto por futebol foi herdado através dos genes, meu avô foi jogador e tudo. É o melhor esporte que eu acho, tanto pra jogar quanto pra assistir.

Tenho um joguinho chamado Brasfoot - cópia descarada e mais pobre do clássico Elifoot - no qual tenho uma partida em que sou técnico do São Paulo, disputando os tradicionais campeonatos de sempre. O jogo tem graça até você chegar ao auge e ganhar tudo. Isso aconteceu comigo mais ou menos no segundo ano de jogo, na temporada 2008. Enquanto escrevo isto, disputo o Campeonato Paulista de 2018, onde acabo de ganhar do Santos por 4x1. Depois que ganhei todos os campeonatos possíveis no mundo que possam ser ganhos por um time só - em um só ano - mais de dez vezes, comecei a melhorar o plantel. Hoje meu time reserva é o segundo melhor time do mundo, só perdendo pro time titular, claro. Depois que cheguei ao ápice de jogadores, comecei a disputar amistosos, todos no Morumbi - que convenientemente aumentei em capacidade para receber 150.000 torcedores. Comecei a desafiar todos os times do mundo, e agora, em 2018, estou entrando na letra J. Último campeonato brasileiro eu ganhei com 19 pontos na frente do segundo colocado, ou seja, com umas sete rodadas de antecedência.

Vou continuar jogando até derrotar o Zaragoza. Amanhã o São Paulo entrenta o Goiás pra manter a liderança e botar uma mão na taça. Essa semana o América joga aqui no Machadão pra sacramentar usa subida pra a primeira divisão.

Futebol é uma diversão democrática mesmo, ao menos no Brasil. Mesmo diante da zombaria dos secadores e olhar invejoso dos desafetos, de uma forma etranha todos compartilham algo em comum, realmente uma alegria de massas. Sem muito sentido, mas que é bonita, isso é.

1 Comments:

Blogger Marco Aurélio said...

Wagner

Foi bom enquanto durou. Ao som de “vamo subi galooo” a torcida mais fiel do Brasil não abandonou sua paixão como muitos acreditavam. Deixo um abraço e um verso para alguns companheiros atleticanos:

Por isso também digo!

"Se houver uma camisa alvi-negra pendurada no varal num dia de tempestade, o atleticano torce contra o vento."

Um abraço

Marco Aurélio

12:19 PM  

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