terça-feira, junho 26, 2007

O Evangelho Segundo Alan Moore

Existe a voz da personalidade com a qual falamos com nossos colegas, existe a voz com a qual falamos com os nossos pais, com as pessoas que amamos, e assim por diante, mas isso ainda são apenas quatro ou cinco facetas. Nós poderíamos ter polido quaisquer dessas facetas, então eu acho que nós todos temos todo um elenco em potencial dentro de nós, nós somos apenas aqueles nos quais focamos. Então essa é a maneira através da qual eu sempre lidei com caracterização.
Minha teoria da personalidade humana é de que todo mundo tem uma espécie de gema com um milhão de facetas em algum lugar dentro de si e, quando nós construímos nossa própria personalidade, nós simplesmente polimos quatro ou cinco dessas milhões de facetas.

Wise man.

Eu estou convencido que se você olhasse no coração de todo mundo, no planeta, é muito provável que você iria achar algo lá que você poderia amar, algo que você poderia respeitar. Pode haver uma enorme massa de coisas que são absolutamente horríveis, mas eu estou convencido que em todo mundo há um fragmento de algo pelo qual você pode sentir simpatia, que você pode olhar para alguém que se tornou um monstro e voltar a algum ponto na infância deles e pensar “Bem, você também não teve muita chance não é mesmo? Você tomou algumas decisões ruins, eles estavam olhando ao redor de você para te dar as pistas certas, e você terminou como um monstro imperdoável”. Eu acho que isso é importante. Você tem que ter simpatia pela pior das criaturas se quiser ser um escritor bem sucedido.
Wise man indeed.
Trechos extraidos de www.omelete.com.br, entrevista com Alan Moore.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

amém.

8:13 PM  

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